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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

XANGÔ – O Rei do Trovão



XANGÔ – O Rei do Trovão

Orixá de grande valia e importância nos Cultos Afro-Brasileiros, tem alguns cultos que levam o seu próprio nome, tamanha a popularidade deste Orixá. Divide com Ogum a popularidade e o respeito dos fiéis, tanto nos Candomblés (diversas nações) como na Umbanda. Xangô foi o grande Obá (rei) da cidade de Oyó, representando, na linha de sucessão, seu quarto alafin (segundo fontes fidedignas). Ele fez sua passagem pela Terra por volta de 1450 a. C., filho de Oranian e Torossi. Governou com mãos de ferro, sendo, ao mesmo tempo, temido e adorado pelo povo. Muitas vezes comportou-se como tirano, na sua ânsia pelo poder. Alguns relatos afirmam que Xangô destronou seu próprio irmão, Dadá-Ajanká, para tomar o seu lugar. É o orixá das pedreiras, das terras áridas e das rochas. Seu elemento é o fogo, dominando também o raio e o trovão. O metal a que pertence é o cobre. Possui, como símbolo da natureza, a pedra de raio, que se cria quando um raio cai na terra. Sua ferramenta principal é o Oxé, ou machado duplo, simbolizando a imparcialidade na hora da justiça. Carrega também o Xerém, espécie de cabaça que é usada por certas qualidades deste Orixá. Xangô detém um profundo conhecimento e ligação com as árvores, de onde provêm muitos de seus objetos de culto, como a gamela e o pilão. É muito violento, mas nunca gratuitamente. Quando provocado, castiga seus inimigos sem piedade, sendo implacável nas guerras de conquista, atividade que exerce com maestria. Se for necessário, Xangô usa seus poderes de feitiçaria para destruir o inimigo. Como grande amante da justiça, é imparcial em suas ações, usando toda sua autoridade para resolver as mais difíceis questões, tarefa que ninguém gosta de fazer. Sempre podemos recorrer a ele quando nos defrontarmos com questões litigiosas ou problemas jurídicos. Segundo a mitologia africana, um traço marcante desse orixá é o fato de se fazer notar, sendo muito atraente e vaidoso. Ele teve várias uniões com outros orixás, como Oxum, Obá e Iansã, que era sua prima e esposa predileta. Diz a tradição de lendas que Xangô tem medo da morte, pelo fato de abandonar a cabeça (ou ori) de seus filhos de santo. Orixá poderoso que não teme nada, não suportanto o frio que emana de um corpo sem vida. Xangô possui a energia do fogo, que irradia calor e possibilita a existência da vida. A morte e o frio são contrários à sua essência. Nos meses de junho, mantém-se uma tradição festiva, que são as famosas fogueiras de Xangô, feitas em sua homenagem. Xangô é um orixá que teve vontade de experimentar a criação divina, ou seja, ele quis nascer e viver aqui na Terra. Como foi dito no início, existiu um rei, na cidade de Oyó, que era muito poderoso, sendo identificado como a energia Xangô. São Gerônimo (Agodô) é o sincretismo mais conhecido deste Orixá. São Pedro (Alafim), São João Batista (Xangô do Ouro ou Xangô menino) e São José (Agaju) também são qualidades de Xangô. Embora alguns estudiosos dão também como sincretismo São Miguel e São Gabriel. Orixá presente em todas as feituras de casas de santo, tem no axé da casa a sua Pedra Sagrada conhecida como “Okanixé”. Outras qualidades de Xangô são: Abomi, Alufam, Airá, Echê e Ibaru. Esta sentado no meio de 12 ministros chamados (obagues) que seriam seus ministros. Os ministros da direita absolvem enquento os da esquerda condenam. Para o contexto Umbandista, Xangô mora no alto de uma pedreira, e carrega o livro sagrado (as escrituras) e as Sete Chaves da Sabedoria. Xangô controla todas as forças naturais por intermédio dos astros, é conhecido como o Rei dos Astros. Vive no seu castelo, além do seu criado Oxumarê (quando o arco-irís aparece, significa que Oxumarê veio a Terra e está levando água ao Reino de Xangô), tem como servos Biri (as trevas) e Afefe (o vento). Nos candomblé dança com suas cores rituais que são o vermelho, branco e marrom. Algumas qualidades trazem na cabeça um gorro na cor vermelha. Conta uma lenda que explica o fato de Xangô e Iansã deterem ao mesmo tempo o poder do fogo. Vivia Xangô no reino de Oió e ouviu dizer de um certo mago que vivia num reino distante que tinha uma poção capaz de fazer com que aquele que a tomasse, pudesse cuspir fogo e Ter o domínio sobre os raios e as tempestadades. Xangô muito ocupado, manda Iansã até o Reino viziho para pegar a tal poção. Lá chegando Iansã pega a tal poção e é avisada pelo mago para que não ousasse beber tal composto. No caminho, Iansã sente uma sede muito grande e não resistindo toma parte da poção. Chegando ao Reino de Oió, é perguntada por Xangô sobre o sucesso da viagem. Sem esperar, no ato da resposta Iansã fala com labaredas de fogo saindo pela boca. Xangô irado, manda Iansã embora, mas sabendo que a partir daquele dia teria Iansã como companheira dos raios e trovões.



O Arquétipo dos seus filhos



Assim como o orixá, seus filhos são amantes da justiça, agindo com muita imparcialidade, podendo ser excelentes profissionais ligados à área jurídica. Podem também exercer cargos dentro do exército ou do governo, devido às suas qualidades de autoridade e comando. Sabem, como ninguém, administrar seu patrimônio, não deixando que nada escape ao seu controle. Embora não admitam, também gostam de controlar as despesas dos membros de sua família, mas não deixa que nada lhes falte. Fisicamente são fortes, com discreta tendência à obesidade. Geralmente, são de média ou baixa estatura, com estrutura óssea bem desenvolvida e, quase sempre, desprovidos de nádegas. Seus filhos podem ser identificados pelo forte timbre de voz, assemelhando-se ao barulho do trovão. São honestos e sinceros em seus relacionamentos, mas dificilmente fiéis. Têm a fama de mulherengos. Apresentam alta dose de energia, auto-estima e egocentrismo. Possuem uma postura nobre e hábitos aristocráticos, gostando de dar a última palavra em tudo. Seu humor é variável, sendo incapazes de cometer injustiças.



O Culto ao Orixá



Para se entender o culto aos Orixás, é necessário conhecer o significado da palavra: o orixá é a força da natureza divinizada. De acordo com as lendas Yorubás, os orixá vieram do Orum para o Ayé (do céu para a terra). Tiveram corpo físico na Terra por algum tempo, com vida semelhante à dos homens. Depois voltaram em definitivo para o Orum, deixando para os homens as instruções de como seriam cultuados futuramente. Xangô é cultuado as quartas-feiras com Iansã e com Oxumarê. No Brasil é Orixá de alta patente, tendo em Alagoas e em Sergipe significado de Casa de Santo ou terreiro. Seu cardápio sagrado é constituído de Abô (carneiro), Akukó (galo), Etu (galinha). Seu animal sagrado é o Ajapá (cágado). Uma das comidas mais conhecidas deste Orixá é o Amalá, espécie de pirão de farinha com carne misturado com quiabos, colocado na gameleira e enfeitado com certo numero de quiabos (em geral 12) mais pode variar de acordo com o intuito e com a qualidade. Sua filiação seria Oxalá e Yemanjá. Sua área de atuação seria a justiça e todas as causas que dependem de certa atenção. Está presente também na proteção de catátrofes e tragédias. Sua bebida é o aluá ou a cerveja preta. Suas contas são de cor marrom. Sua saudação é Kaô Kabecile!!!

Axé a todos
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com

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