Momentos fenomenais | |||
Por Sandro Dalpícolo |
Era o início da produção do programa e lá fomos nós, caçadores de fenômenos, ávidos por mostrar o sobrenatural – gravado em cores, com som estéreo, bem iluminado ou no escuro, movendo objetos ou fazendo adivinhações e quem sabe até prevendo o futuro. É uma expectativa humana, compreensível e é, também, parte de nossa inquietação profissional. E, por mais contraditório que possa parecer, o tempero dessa busca é feito de uma certa descrença prévia diante daquilo que ainda nem tínhamos visto e, claro, um bom punhado de medo. Nada mais humano.
E não é que fomos surpreendidos. Ainda bem. Assim que as gravações começaram, percebemos que a novidade não estava naquilo que a ciência ainda não consegue explicar, mas sim nas histórias das pessoas com quem conversamos. Quantas vezes, no meio de uma entrevista, nossa equipe se espantava: "Não é que a gente não havia pensado nisso...".
Por exemplo, como se relaciona com parentes e amigos uma pessoa que diz viajar para fora do corpo? O que pensam dela e qual o tamanho da sua solidão?
De que forma médicos e profissionais de saúde que reconhecem manifestações ditas "espirituais" convivem com o ceticismo dos colegas? E o que leva alguém a abrir mão da vida pessoal e emprestar o corpo para que um ser de outro mundo ajude os necessitados?
Tantas dúvidas e tantas perguntas acabaram traçando a forma de conduzir o programa.
Era preciso enxergar além dos fenômenos que procurávamos. E, assim, foram surgindo histórias de pessoas caridosas, que têm coragem de se expor e que, nem sempre, são tratadas com o respeito que merecem. Elas nos mostraram um outro jeito de encarar a vida – com um olhar menos preconceituoso e mais abrangente.
No fim das contas, a produtora Francesca Terranova, o diretor Saulo de la Rue, o repórter cinematográfico José Henrique, o técnico Mário Amorim, a editora de imagens Gisele Machado e eu vimos que a raridade revelada em nossa investigação não estava nos "fantasmas" que, graças a Deus, não encontramos. No mundo dos vivos, tem sido raro encontrar gente solidária, fraterna, disposta a ouvir o outro e a dar esperança a quem está descrente de si mesmo. Foram esses milagres que, humildemente, tentamos mostrar no programa.
Um abraço,
Sandro Dalpícolo
Repórter
Este e o maior fenomeno que voces poderiam encontrar, sua raridade e imensa, dar a caridade e saber que do outro lado esta seu irmão necessitando de algo que voce tem e pode dar " O AMOR"
Parabens pela materia Sandro Dalpicolo
Blog Espada de Ogum
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
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