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terça-feira, 6 de junho de 2017

Ogum Rompe Mato Ogum Yara Ogum Megê Ogum Naruê Ogum Malê Ogum Nagô Ogum Beira Mar



Falanges de Ogum


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Ogum é o Orixá da Guerra, Demanda, Batalha, Metalurgia, Ferro, Metais, Bélico, da Tecnologia, das Ferramentas de Ferro, da Ordem e da Lei; é sincretizado com São Jorge, toma as cores vermelho e azul-escuro para velas e fitas. Recebe cerveja branca, conhecida como espuma de Ogum, trabalha com quebra de demandas, usa as Espadas de São Jorge, e é um dos mais populares Santos/Orixás. Abaixo uma compilação sobre a Segunda Linha da Umbanda Tradicional e seus falangeiros. Textos postados no extinto grupo Jaci-Jaterê e adaptados.
Na Umbanda tradicional a Segunda Linha engloba inúmeros espíritos guerreiros chefiados por Ogum. Todos se revestem de antigas indumentárias militares que se fundem num estilo único, que mistura o romano (centuriões, legionários) com o medieval (cavaleiros).

OGUM BEIRA MAR
Ogum Beira-Mar, chefe da Primeira Falange da Sexta Linha (Ogum) dentro da Umbanda tradicional. Ele vibra entre as ondas que quebram na praia e o começo do mar alto. Seu falangeiro principal é Ogum Sete Ondas. As cores, velas e flores oferendadas a Ogum Beira Mar são as mesmas oferendadas a Ogum Sete Ondas.
Ogum Sete Ondas milita na Primeira Falange, que é liderada por Ogum Beira-Mar, Ogum do Mar ou Ogum Marinho.
Suas velas e flores (os cravos) são brancas e vermelhas. Ele vibra nas ondas que tocam as praias, fazendo uma ponte entre os Encantados marinhos e as almas de velhos guerreiros que viveram sob as bênçãos do mar.
No Vodu e em alguns ramos de Obia seu chefe se chama General Agwe e ele navega num misterioso barco encantado e vivo (um mistério) de nome Imamou. Agwe é o consorte mágico de Mamãe Lasiren, a Rainha do Mar (Iemanjá no Brasil).
OGUM ROMPE-MATO
Ogum Rompe-Mato ou Ogum Rompe-Mata é o chefe da Segunda Falange da Sexta Linha (Ogum) dentro da Umbanda tradicional. Ele trabalha cruzado com Oxossi e aliado ao Povo das Matas. Sua imagem popular (acima) reflete esse cruzamento, por isso ele aparece como caboclo.
Suas cores são o verde e o vermelho (velas) e recebe oferendas na entrada das matas (rompe-mato).
Não devemos confundir esta entidade com o Caboclo Rompe-Mato, que é da Linha de Oxossi.

OGUM YARA
Ogum Yara é o chefe da Terceira Falange da Sexta Linha (Ogum) dentro da Umbanda tradicional. Ele trabalha cruzado com Oxum e aliado ao Povo dos Rios, Cachoeiras e Lagos.
Suas cores são o verde, o branco, o vermelho (velas) e ele recebe oferendas na beira dos rios, cachoeiras e lagos.
É um Ogum com amplas virtudes purificadoras e curativas.
Ogum dos Rios é o principal falangeiro de Ogum Yara, possui as mesmas qualidades e recebe as mesmas oferendas que ele.
Este Ogum também trabalha intensamente com os Caboclos dos Rios e com os Caboclos das Matas, fazendo um poderoso link entre as forças vitais de Ogum, Oxossi e Oxum.


OGUM MEGÊ
Ogum Megê é o chefe da Quarta Falange da Sexta Linha (Ogum) dentro da Umbanda tradicional. Ele trabalha bem próximo a Yansã e faz a ronda da parte externa da Calunga Pequena.
Diziam nossos avós na Umbanda tradicional, que a a falange de Ogum Megê está aliada ao Povo Megê, uma corrente espiritual composta por aguerridos combatentes negros africanos.
Com o tempo, como já mencionamos, a magia dos povos na Umbanda foi se perdendo. O Povo Megê é um dos menos conhecidos hoje em dia.
Este Ogum é o Guardião dos Cemitérios e o mais valente aliado nas lutas e demandas.
Suas cores são o branco e o vermelho (velas) e ele recebe oferendas na calçada ao redor da Calunga Pequena.

OGUM NARUÊ
Ogum Naruê é o chefe da Quinta Falange da Sexta Linha (Ogum) dentro da Umbanda tradicional. Ele está aliado ao Povo Naruê, uma corrente espiritual composta por almas que quando encarnadas foram escravos africanos de etnias diversas.
Esta entidade combate os magos negros, os feiticeiros maléficos e seus simpatizantes com uma força extrema e uma severidade implacável. Ele também cruza com a Linha das Almas da Quimbanda (não confundir com a Linha das Almas da Umbanda: os Pretos Velhos).
Suas cores são o branco e o vermelho (velas) e recebe oferendas dentro da Calunga Pequena, na calçada ao redor dela (como Ogum Megê) e dentro da Macaya (mata), em lugares onde são realizados rituais especiais.
Podemos dizer sem, sombra de dúvida, que Ogum Naruê é o flagelo de todos os que usam a magia para fins maléficos.


OGUM MALÊ
Ogum Malê (alguns dizem Malei) é o chefe da Sexta Falange da Sexta Linha (Ogum) dentro da Umbanda tradicional. Ele está aliado ao Povo de Exu, a Esquerda tradicional que atua na Umbanda e na Quimbanda (Exus e Pombas Giras típicos).
Este é o Ogum de Umbanda menos conhecido e possui até carência de imagem popular no mercado. Ele é descrito como um grande guerreiro negro, vestido de roupas mouriscas e fortemente armado.
Ogum Malê e sua Falange desmancham trabalhos de magia negra com facilidade e entregam o seu executor na porta do Tribunal da Lei Maior, para ser justiçado exemplarmente.
Ele e seus enviados raramente incorporam, pois o médium tem que ser dotado de virtudes difíceis de encontrar hoje em dia.
Suas cores são o branco e o vermelho (velas) e recebe oferendas nos mesmos lugares de Ogum Megê. Ogum Naruê e nos cantos das encruzas também.


OGUM NAGÔ
Ogum Nagô, chefe da Sétima Falange da Sexta Linha (Ogum) dentro da Umbanda tradicional. Ele trabalha com o misterioso Povo de Ganga, bastante conhecido e utilizado pelos verdadeiros kimbandeiros para desmanchar trabalhos maléficos de qualquer espécie.
Este Povo atua na Calunga Pequena, nas matas e encruzas. Seus integrantes tomam a roupagem fluídica de antigos totens (meio animais e meio humanos), preferencialmente de búfalos, touros e outros animais de grande porte. Na Kimbanda o chefe do Povo de Ganga é o Exu Gererê, que atua em parceria com Ogum Nagô.
Ogum Nagô é um grande aliado dos curandeiros e recebe oferendas (velas e flores) nas cores branca e vermelha.
Na Obia e no Vodu o Povo de Ganga é bastante presente e possui membros poderosos como: Papa Bossou, Bossou Três-Grãos (Três Testículos), Bossou Três-Chifres e Mama Bossine. São espíritos que exigem maestria na lida e possuem os segredos da vitalidade selvagem da terra.

Sacerdote Umbandista
Pai Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com

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