Umbanda Sagrada: Refletiu a Luz Divina, com todo seu esplendor; Vem do Reino de Oxalá, Onde há paz e amor; Luz que refletiu na Terra, Luz que refletiu no Mar; Luz que veio de Aruanda, Para tudo iluminar; A Umbanda é paz e amor; É um mundo cheio de Luz; É força que nos da vida; E a grandeza nos conduz; Avante Filhos de fé, Com a nossa Lei não há; Levando ao mundo inteiro, A Bandeira de Oxalá.
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domingo, 25 de outubro de 2009
MESTRE E DISCÍPULO
MESTRE E DISCÍPULO
O Sacerdote de uma religião, seja ela qual for, é um dirigente espiritual, zelador do templo, mestre e discípulo, podendo ter ou não um rebanho.
O Sacerdote é aquele que representa a religião. O Sacerdote é a religião. Religião é, em essência, o religar-se a Deus, através de uma doutrina e liturgia que englobam o ritual (prática) e a teologia (teoria).
O Sacerdote, ao assumir es ta responsabilidade, passa a ser o porta dor de um dos mistérios da fé, pois assume o compromisso de ser um veiculo desta e de vir a despertá-la onde estiver adormecida, se assim for a vontade do Ser Supremo.
O Sacerdote não faz a sua vontade, antes pede que seja feita a vontade da deidade a que serve, pois o sacerdote não é o poder, ele é a ponte e o veículo ao poder que se assenta no Altíssimo.
O Sacerdote é investido, outorgado de duas formas, horizontal ou vertical, por assim dizer, onde, na investidura horizontal, ele foi feito e preparado por outro sacerdote, aqui no plano material; a investidura vertical se dá por uma revelação espiritual e o de sabrochar natural de um dom ligado ao mistério da fé.
Esta outorga sacerdotal se dá por uma iniciação, o que também nos leva à questão de mestre e discípulo, pois um mestre espiritual é aquele que, além de levar o esclarecimento, dá a iniciação a seus discípulos, já o discípulo é aquele que segue uma disciplina, colocada pelo mestre, logo o discípulo deve refletir o mestre, no sentido de que aplica os ensinamentos, a doutrina e a disciplina.
Um Pastor pode ter um rebanho e não ser um mestre, mas um sacerdote que prepara outros sacerdotes para a senda sacerdotal é sempre um mestre, mesmo que não o queira ser chamado assim, pois em cada seguimento religioso, já existem os títulos devidamente empregados.
A figura do mestre no cam po religioso é como a figura de um Pai, pois iniciar alguém espiritualmente é trazê-lo à Luz, é morrer para o mundo profano e nascer no mundo sagrado. Aquele que te dá a luz é Pai e Mãe, por isso vemos alguns títulos de sacerdotes como Papa, Padre ou Baba que querem dizer Pai; Madre ou Yia, que quer dizer Mãe; alguns são chamados simples mente de Pai ou Mãe-de-santo, Pai ou Mãe Espiritual; vemos também a designação Padrinho ou Madrinha Espiritual, também muito utilizada.
Na Instituição Católica, um sacerdote só é preparado através de outro sacerdote, que por sua vez foi preparado por outro sacerdote, em uma ascendência que remonta a Jesus Cristo, este é um sacerdócio horizontal.
Ninguém pode se auto-intitular como Bispo, se outros Bispos não o prepararam dentro do protocolo, diferente do Pastor, pois todo aquele que tem um rebanho é um pastor, já o mestre espiritual tem que ter outorga e direito de iniciar outros na mesma senda.
Moisés foi investido de um poder e dom de forma vertical, direto do Altíssimo, onde se consagrou profeta e mago, seu irmão Aarão é quem exercia o sacerdócio de um único templo ao Deus Único de Abraão.
Jesus também recebeu uma investidura vertical, onde foi reconhecido profeta e Rabi, mestre, identificado por seus seguidores como O Messias, O Christo, O Ungido, um enviado, direto do Altíssimo, acima de qualquer outro profeta ou sacerdote, O Filho de Deus.
Acredita-se que tanto Moisés quanto Jesus, além da revelação, tiveram preparo horizontal, passando por iniciações espirituais, pois o primeiro foi criado dentro dos templos egípcios e daí para o deserto africano onde conviveu com Jetro, seu sogro, Sacerdote e mago. A Bíblia não diz por onde Jesus andou, dos 13 aos 30, mas acredita-se que tenha andado pelo Egito, Índia e com os essênios, onde teria, também, passado por iniciações.
Buda também recebeu uma investidura vertical, alcançou a iluminação, foi tocado pelo Mistério Maior e criou o que hoje chamamos de Budismo.
Existe o Budismo hierárquico e sacerdotal, como o Tibetano, e o não sacerdotal como as práticas de Zen Budismo.
No Candomblé, Afro-brasileiro, o sacerdote é chamado Babalorixá (Pai no culto de Orixá) ou Babalawô (Pai do segredo) e a sacerdotisa é chamada Yalorixá (Mãe no culto de Orixá), a investidura é horizontal só se entra no Candomblé através de alguém que já está lá dentro, só um sacerdote ou sacerdotisa, confirmados, é que podem preparar alguém para o culto.
Já o Kardecismo, tem propósitos religiosos, não aceita rituais e nem hierarquias, logo não há a figura do sa cerdote, nem templo e nem altar.
Na Umbanda, há a investidura vertical e horizontal. O caminho natural da Umbanda é entrar para um templo da religião (Tenda, Centro ou Terreiro de Umbanda) e lá ser preparado como médium de Umbanda, caso tenha este dom.; Com o tempo, caso te nha a missão sacerdotal de dirigir um templo, zelar por ele e por seus filhos e ou representar a religião, será então preparado para tal.
Também há aqueles que, mesmo sem nunca ter freqüentado nenhum terreiro, incorporam espíritos em casa de uma forma espontânea e natural, sem um preparo horizontal ou externo, começam um trabalho espiritual arrebanhando pessoas e, quando se vê o médium, passa a ser preparado por estes espíritos guias e mentores de forma lenta e gradual. Em muitos casos é dito que nasceram feitos, com coroa feita, vêm prontos para o trabalho espiritual, isto é um fato.
Assim foi preparado Zélio Fernandino de Moraes, Fundador da Umbanda e tantos outros Umbandistas.
Mesmo que tenha sido preparado desta forma, nada o impede de buscar mais informação e cultura umbandista, unindo toda uma teoria da religião à prática de incorporação que já está ativa neste momento.
Poderíamos nos estender, ainda, para os Rabinos no Judaísmo, Sheiks no Islamismo, Mestres do Tao, sacerdotes e sacerdotisas Celtas, Druidas, Egípcios, Hindus, Maias, Astecas e tantos outros seguimentos.
O estudo das religiões é algo fascinante, a oportunidade de acei tar e estudar a todas é única, não deixe que ninguém lhe impeça de estudar de tudo, pois com tudo temos a aprender.
Por: Alexandre Cumino
Axé a todos
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
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