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terça-feira, 30 de junho de 2009

O Conga


O Conga
Um Templo de Umbanda simboliza o modo como o Universo era compreendido antigamente. Nossos primeiros irmãos tiveram grande inspiração quando perceberam que o mundo é um grande templo.
Um Universo no qual o Homem segue adiante em seu trabalho, alternando luz e sombra, alegrias e tristezas, sempre buscando reproduzir na Terra a lei e ordem presentes no Oriente, que é a origem de tudo.
Embora hoje saibamos que o mundo é fisicamente diferente daquele que era conhecido por nossos ancestrais, ainda assim aquela inspiração inicial de nossos primeiros irmãos continua e continuará verdadeira.
Parece-me que a idéia central dessa inspiração é que se o Homem tem o propósito de construir seu próprio Templo Interior, ou se ele está disposto a construir uma sociedade justa e duradoura nessa justiça, então ele deverá estar iniciado nas leis e princípios que regem o Universo no qual ele vive. E para isso, o Homem necessita não apenas de sabedoria, que deve ser desenvolvida, mas também da ajuda de Deus.
Bem por isso em Templos de Umbanda está no conga. Um foco de fé e união. Um símbolo sagrado daquele pensamento inicial que inspirou a nossa querida Umbanda. Um símbolo sagrado da existência de Deus. Um símbolo sagrado de nosso propósito de erguer Templos à Virtude e cavar masmorras ao vício.
Nada há de mais impressivo na face da Terra que o silencio de uma reunião de seres humanos curvados diante de um conga. O instinto que faz com que Homens se reúnam para orar é a mesma força invisível que move Homens a desbastar pedras para construírem templos que corporificam o mistério de Deus.
Até onde conhecemos, o Homem é o único ser em nosso planeta que pára para rezar. E a beleza desse ato nos diz mais sobre nós do que qualquer outro. Por uma profunda necessidade natural, o Homem procura Deus, e em momentos de tristeza ou angústia, ou em momentos de tragédia e terror, ou ainda em momentos de sincera gratidão e felicidade, o Homem deixa de lado suas ferramentas de trabalho e olha para o horizonte. E sem perceber, acaba por fixar seu olhar num ponto mais elevado do relevo que está adiante. Talvez tenha nascido aí o termo Altar, substantivo masculino proveniente do latim altare, que por sua vez derivou do adjetivo latino altus (alto, elevado, levantado).
Pelas consultas realizadas, pude imaginar que a história do Altar na vida da humanidade parece ser uma história mais fascinante que qualquer ficção. Da procura inconsciente deste lugar mais elevado ou alto presente na natureza que o cerca, o Homem evoluiu para construir este Altar perto de si. Inicialmente rudimentares, sua construção dava-se pelo simples amontoar de pedras. A centralidade e importância do Altar tornaram-no mais solene e elaborado, sendo portador de uma série de significados e elemento central dos mais variados rituais (holocaustos, preces, declaração de compromissos e sacrifícios). Todas as grandes civilizações e culturas humanas ergueram altares: judeus, cristãos, muçulmanos, hindus, romanos, gregos, egípcios, fenícios, incas, maias e astecas. Indígenas e antigos pagãos de todas as partes tiveram e têm seus altares. Nunca, porém, o Altar, perdeu sua significação inicial, que é a de conduzir os pensamentos do Homem ao seu elevado deus, seja ele denominado como for, e ao qual chamamos Oxalá.

E faz-nos lembrar também que o mais sagrado altar da Terra é a nossa própria alma – Templo interior de fé, esperança, pureza, tolerância e amor ao próximo.

Emidio de Ogum

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