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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Maçonaria Feminina



Maçonaria Feminina

Tenho recebido mensagens de muitas mulheres interessadas na Maçonaria e indignadas por não poder fazer parte da ordem, apesar de preencher todos os requisitos necessários, exceto o de que não são homens. Me sinto no dever de esclarecer que essa proibição foi introduzida por James Anderson no artigo 18º de sua Constituição de 1723, após a transformação da Maçonaria Operativa em 1717.

Esta proibição foi repetida posteriormente no 18º Landmark compilado por Mackey em sua Enciclopédia. Donde teria James tirado tal proibição para enxertá-la em sua Constituição? É difícil saber-se agora. Tê-la-ia inspirado o Antigo Testamento, em que a lei mosaica era tão dura e cruel com a mulher (João 8:4, 5) e tão liberal com o homem (I Reis 11:3), ao cometerem o mesmo pecado? Ou teve de jungir-se a algum preconceito inglês daquela época, talvez mesmo apoiado em lei que, mesmo no século XIX foi tão difícil e dolorosa a emancipação política da mulher naquele país, como bem o atesta a luta desesperada das sufragistas? Ramsay, contemporâneo dos reformadores, é desta opinião (V.RAMSAY, Miguel André, 5º). A não ser assim, é inexplicável como se veio a admitir e criar esse óbice à mulher justamente na ocasião em que se ampliaram os horizontes da Maçonaria, transformando-a de operativa em especulativa, e pelas mesmas mãos que codificaram suas leis e princípios!

Sob o critério místico-filosófico, tal qual os antigos Mistérios, a Maçonaria se destina igualmente ao homem e à mulher, complementos que são um do outro, pois ambos visam atingir a mesma meta evolutiva e constituir a família como base celular de uma sociedade bem organizada, e segundo os mandamentos da própria Ordem, um dos antigos Landmarks maçônicos é que todos os seres humanos são fundamentalmente iguais, e, portanto, suas diferenças são meramente circunstanciais.

Na Bíblia cristã, nas antigas Escrituras Sagradas de outras religiões, na história de cada nação, numerosas são as figuras femininas que as ilustram como modelos de virtudes e exemplos de amor, abnegação e lealdade, para glória dessas nações e religiões a servir de padrão de conduta a seus cidadãos e adeptos.

Nos panteões das divindades e heróis de diversas culturas em diferentes épocas e países como o Egito, Índia, China, Ásia Menor, Grécia antiga e Roma e outros, ao lado de seus deuses e heróis geralmente está a sua Consorte, diversamente denominada Deusa-Mãe, Mãe Divina, Magna Mater, Virgem Mãe, a Consolatrix Afflictorum, como o Divino Arquétipo feminino a que devem aspirar ser todas as dignas esposas e mães.

Em suma, em todos os tempos e regiões os povos cultos sempre reservaram um lugar de relevo para a Dama Arquetípica a ser cultuada, respeitada e imitada, por seus sublimes dotes de ternura, compaixão, proteção, paciência, compreensão, beleza e sabedoria. E assim também o é na Maçonaria.

À esse respeito, não há nenhuma dúvida nas tradições maçônicas baseadas nas legítimas escolas antropológicas, místicas e ocultas. E mesmo nas escolas que atribuem sua origem às Corporações Operativas da Idade Média, os investigadores não encontraram em seus registros e instituições nada de discriminatório contra a inclusão do elemento feminino. Portanto, trata-se de uma questão legal e não de simples discriminação. Como todo dispositivo legal, o mesmo só poderá ser substituido por outro que venha revogá-lo.

Porém, tal proibição não abrange todas as obediências, atualmente existem diversas lojas femininas ou mistas por todo o mundo, inclusive no Brasil, que operam de forma independente, ou filiadas a uma potência própria como a "Ordem Maçônica Mista Internacional Le Droit Humain". Adotam ritos idênticos aos das Lojas masculinas e recebem, com gratificante freqüência, a visita de irmãos de todos os Orientes, quando então são revividos com todo o esplendor e beleza as cerimônias que realizavam os antigos maçons do Egito, da Grécia, da Pérsia, de Roma e da Idade Média na Europa.

Axé a todos
IR.: Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com

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