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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

ORIXÁ OLOOKE



ORISÁ OLOOKE

Nos solos da cidade de Bauru, interior de São Paulo e apresenta, a todos, o culto de um orixá pouco conhecido no Brasil.
Orisá Olooke é muito pouco conhecido no Brasil, seu culto aqui che gou por volta do ano de 1856, quando da fun dação do "Terreiro do Oloroke", em Salvador, pelos africanos, Baba Irufa, cujo nome Brasileiro era José Firmino dos Santos e Adebolu cujo nome lendário era Maria Bernarda da Paixão, conhecida pela alcunha de Maria Violão, isto por ser uma negra de um corpo com bonitas for mas.
Maria Violão já veio da África iniciada para o orisá Olooke, da ci dade de Ekiti Efon. Até 1936, quan do ela teve seu desencarne. o Asé Oloroke de Salvador festejou Olooke com todo o ritual de Ekiti Efon e de toda a região Ijesa, sendo que o ritual feito atualmente, no Ase Oloroke de Bauru, é idêntico ao que era realizado no Terreiro de Salvador, matriz de todos os Efon do Bra­sil, até 1936.
O Babalorisá, Paulo do Efon, responsável pelo terreiro do Oloroke de Bauru, é uma das mai ores autoridades do culto de Olooke, no Brasil, tendo o título de "Baba Elejoka" (a voz de Olooke), título este que lhe foi conferido pela maior autorida de do culto de Olooke, na cidade de Ekiti Efon, o Baba Aboke Olooke. O Igba de Olooke também veio da mesma cidade e é venerado por todos os fi lhos deste asé.
Todo o ritual que era pra ticado em honra de Olooke no Terreiro de Oloroke em Salvador e que continua a ser praticado no Terreiro do Oloroke de Bauru, tem ain da a mesma forma em terras Yoruba e até a data do ini cio do festival que dura 7 dias é a mesma acontecen do simultaneamente.
Entre os Orisá e os Ebora, existe um chamado Orisá-Oke.
Entre todos os Oke, exis te um mestre muito impor tante de nome Olooke, o dono e senhor das monta nhas e, anteriormente, exis tiam vários outros Oke junto com ele. Eles também são muito importantes e não se deve brincar com eles, pois são a justiça acima de qualquer coisa. Sua impor tância se deve muito ao fato de que todos os orisá, que chegaram no tempo da criação, desceram na Terra por intermédio de Olooke, pois Oke foi a primeira ligação entre òde-orun e òde-aiye, sendo que ele foi a primeira terra firme, uma montanha que elevou-se do fundo do mar, a pedido de Olodumaré (este escrito faz parte de um longo itan do odu Ofun meji, muito conhecido no Ekiti).
Sem Olooke nenhuma divindade teria chegado na Terra e sendo ele a primei ra terra firme, sempre se deve recordá-lo e fazer-lhe oferendas, pois o que acon teceria se ele resolvesse voltar para Okun. Epa mole.
Olooke é a colina, tudo que é elevado e alto, a lava vulcânica também lhe per tence e é a divindade de to das as montanhas da Terra, sendo ainda, a força e o guardião de todos os orisá, é inseparável de Obatalá e muitas vezes fala por sua boca. Agora quero esclarecer aqui que, Olooke é um orisá com costumes próprios e independente de qualquer Orisá, não sendo Osalá, nem Sangô e nem tão pou co Iroko, como afirmam al gumas pessoas.
Sua árvore de culto principal é o "Ataparaja", árvore que nasce na região do Ekiti, no alto das montanhas. A ár vore Osé (Baobá), é também sua representação e seu ar busto de culto, pois a grandiosidade do Baobá, sua altura, sua magnitude, idade de até 6000 anos que pode viver, sua solidez, faz dela uma das árvores esco lhidas por Olooke para seu culto. No Brasil, por não existirem estas árvores, passou-se a cultuar Olooke ao pé da gameleira branca que serve de culto também para Iroko e daí começou a con fusão que se faz entre estes dois orisá distintos.
Assim como Osumaré se encanta em uma cobra, Olooke se encanta em um Leão.
Olooke é um imonle que está na Terra, desde os tem pos da criação.
As oferendas de Olooke consistem em qualquer tipo de animal, mas, em especial, ele aceita bois, carneiros, galos, conquem, patos, certa espé cie de peixe feito de uma ma neira especial, que não pode faltar em suas obrigações, e o porco que é o caminho da ri queza quando sacrificado a Olooke. A Olooke se serve tudo cru e às suas carnes (so bras), é dado um destino di ferente de todos os orisá, sendo feito um ritual muito secreto com elas, especialmente as sobras de carneiro. Olooke come também uma comida feita com as folhas do Ataparaja, sempre acompa nhado de muitos Igbin. Este Orisá tem que comer de seis em seis meses, e, se isto não for observado, a pena poderá ser a morte de uma das pes soas do Egbe.
"Apenon", cargo da casa de Olooke, é quem sai à sua frente empunhando um grande atori ou Isan, com o qual ele afasta as pes soas e abre o caminho para que o orisá passe. Pois nin guém deve tocar em Olooke, apenas os homens do Egbe. As mulheres ficam, durante o festival todo, na posição de Joko (agachadas), e não podem olhar jamais o rosto de Olooke, elas são consideradas as escravas de Olooke e uma mulher nun ca poderá iniciar um Olooke, mas elas podem ser iniciadas para ele. Quando do ritual de sacri fício, a única coisa que uma mulher pode fazer é tirar os axés internos para serem colocados sobre o Igba.
Quando Olooke sai para sua festa, as mulheres fazem o ato do "Iborun n ló", que podemos ver, onde elas jo gam seu pano da costa no chão, para que o orisá pas se por cima e só as mulhe res podem entoar a cantiga que segue:
Laye Olugban
Iborun a ló
Oro nló
Laye aresa
Iborun a ló
Oro nló
Oria e lota de lota de
Atare a lokolosun
Fa doko iki kó
Eleda iluram
Eni a bó o
Eleda iluran
Aí a festa segue com as mulheres agachadas, sem olhar para o orisá, e, os ho mens, é que dançam com ele e fazem um sire de mais de 60 cânticos.
Temos que falar, também, sobre o tambor que se toca para Olooke, que é o tambor d'água, acompanhado do tambor de vento e muito agogô. Aliás existem cânticos dele, que só se toca no agogô.
Ao meio do xire, temos um cântico que, ao ser entoado, todas as pessoas anciãs são convidadas para dançar. Esta cantiga louva os mais velhos da terra, entre eles Olooke, e só quem tem mais de 60 anos é que pode dançar com Olooke esta cantiga.
Mais um ritual deverá ser feito pelas mulheres, o ritu al do "FORISA PE". Todas saem de um quarto de santo, carregando talhas de água na cabeça, e, uma a uma, vem dançar à frente de Olooke que, neste momento, senta-se em seu trono. E um momen to de muito awure e outros orisá poderão chegar para o festejo que já caminha para o final. São entoadas mais cantigas para Olooke dan çar e finalmente é cantado um orin, onde ele está se despedindo do festival e só voltará novamente no pró ximo ano. Ele retira-se do barracão, ao som de um to que genuinamente Efon, que é chamado de "Ekiti".
Olooke é o rei de todo o Ekiti, aliás, Ekiti quer dizer montanhas esplendorosas e, estando Efon dentro do Ekiti, esta leva o nome de Ekiti Efon e Olooke é tam bém o rei desta cidade afri cana e desta nação no Bra sil. Além de um rei Efon também tem uma Rainha, pois foi na cidade de Ekiti Efon que nasceu Osun e, as sim, Osun é a grande Rainha do Efon-ijesa.
Olooke é o guardião de muitos povos no Ekiti e lá estão localizadas as maio res rochas onde se praticam seu culto. As mais notáveis destas rochas e montes, ficam nas cidades de Ekiti-Efon, Ikere-Ekiti e Okemesi-Ekiti. Nobres en tre eles são os montes de Ekiti-Efon, no limite oci dental com o estado de Osun e próximo a Osogbo, Ikere-Ekiti na parte sul, e montes de Ado-Ekiti na parte central.
O festival Anual de Olooke leva o nome de "OJOKEREGEDE", tanto no Brasil, ainda no tempo de Maria Violão, assim como no Terreiro do Oloroke de Bauru.


Salve todos Irmãos de Fé
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com

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