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domingo, 10 de outubro de 2010

Mamãe Oxum




OXUM


DEUSA DOS RIOS, FONTES E REGATOS


OXUN(nagôs), Aziri (jejes), Acoçapatá (fanti-ashanti), Kissimbi (bantos) é a divindade da água doce. A mais jovem e faceira das mulheres de Xangô, em alguns candomblés é tida como uma ninfeta e junto do seu "assento), geralmente perto de uma fonte, vêem-se bonecas e outros brinquedos.
Leia mais em Mais Informações

Identificada com Nossa Senhora das Candeias. Nos xangôs é Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade de Recife, com festa a 16 de julho. No Rio de Janeiro sua identificação é com Nossa Senhora da Conceição e sua data festiva 8 de dezembro. Também identificada com Santa Catarina.

Os rios, em quase todas as mitologias, são moradas de deuses ou a própria divindade. O rio é um caminho mágico. Na Europa, os deuses fluviais mais comuns aparecem com a forma de touro, porco, cavalo ou serpente. Os africanos de Iorubá, bem mais poéticos, fizeram de lindas mulheres as deusas dos seus rios, como o Oiá (Niger) e o Oxun.
Oxun é adora às margens do rio que tem o seu nome e deságua na lagoa de Olobá, rente ao golfo de Guiné, após atravessar o território de Ijexá. Por esse motivo, o toque dos atabaques, que acompanha sua dança no candomblé, é denominado ijexá.
A dança de Oxun é mímica da mulher faceira, que se embeleza e atavia, exibindo com orgulho colares e pulseiras tilintantes. Diante do espelho, sorri, vaidosa e feliz, por se ver tão linda e sedutora.
E é com muito dengue que ela se abana com o abebé.
Essa doçura de encanto feminino, porém, não revela a deusa por inteiro. Pois ela é também guerreira intrépida e lutadora pertinaz.
Conta-se que Oxun era soberana de um grande reino, cujas riquezas atraíram a cobiça dos Ioni, seus vizinhos. Os Ioni invadiram o país, multiplicaram os saques, tomaram a capital e apoderaram-se da fortuna da rainha.
Para não ser aprisionada, Oxun fugiu numa jangada nas trevas da noite e pediu a proteção do alto.
Depois, por inspiração divina, ela ordenou aos seus súditos que preparassem abarás e deixassem na praia.
Os invasores chegara e, como estivessem famintos, apanharam logo os abarás e comeram.
Dentro não havia veneno e sim a força divina. Todos ciaram mortos. Oxun, assim, logo retomou a posse de sua fortuna e de seu reino.
Daí por diante, devido à vitória, ganhou a nome de Oxun-Ioni, uma das dezesseis Oxuns.
Oxun-Apará foi mulher de Ogun. Ela acionava com ritmo o fole da forja do deus-ferreiro e a cadência do ruído do fole fez dançar um egungun que passava. Por isso disseram que ela era a "tocadora do fole musical que faz dançarem os egunguns."

DEUSA DA ADIVINHAÇÃO E DA FECUNDIDADE



Muitas Oxuns são guerreiras; outras, ligadas à magia. Das iyabás, isto é, os orixás femininos, só OXUN tem o direito de penetrar no reino de Ifá, o senhor da adivinhação: ela pode jogar o edilogun, os dezesseis búzios divinatórios de Exu.
Quando voltaram à terra, os Orixás organizaram suas assembléias como primado dos homens.
Oxun, mulher, não foi convidada.
Mas logo todas as mulheres se tornaram estéreis e as decisões tomadas nas reuniões dos orixás jamais tinham êxito.
Tudo só voltou ao normal quando Oxun também foi convidada a integrar a assembléia dos orixás.
Pois Oxun, orixá das águas, é uma deusa da fecundidade e, portanto, da criação.
As mulheres a ela recorrem, quando desejam ter filhos.
Oxun ajuda nos partos, como a Artemis Lokeía.
Orixá da fecundidade, revive as deusas lunares de várias mitologias, que simbolizam a terra-mãe.
Nada mais lógico do que esse atributo, pois, sendo o orixá da água doce, sem Oxun não existiriam os vegetais.
Tudo morreria. Pois são os cursos d'água que irrigam e fertilizam a terra, renovando e perpetuando a vida.
O Alcorão, em algumas suras, descreve o paraíso como um lugar por onde corre um rio, em cujas margens vicejam os jardins e os pomares.

OXUN NA UMBANDA


No hagiológio umbandista Oxun lidera a legião das Sereias, a primeira das sete legiões da linha de Iemanjá, a quem está subordinada.
Identificada com Nossa Senhora da Conceição, sua festa é em 8 de dezembro, a mesma data em que é festejada Iemanjá na Bahia.
Os presentes para Oxun, semelhantes aos oferecidos a Iemanjá, costumam ser deixados junto das fontes e regatos, constando de champanhe, vinho branco ou moscatel, flores com fitas brancas e azuis, pó-de-arroz branco, pente branco pequeno, espelho branco, perfumes...
Nos pontos cantados ela é chamada "mamãe Oxun", uma reminiscência da sua condição de deusa da fertilidade, como todas as iyabás das águas.
Suas cores predominantes são o branco e o azul.
Por vezes é confundida com a Uiara dos índios e caboclos, forma lacustre e fluvial da sereia européia.


É o Trono Regente do pólo magnético irradiante da linha do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
Seu elemento é o mineral e, junto com Oxumaré, forma toda uma linha vertical cujas vibrações, magnetismo e irradiações planetárias multidimencionais atuam sobre os seres e os estimula ou paralisa. Em seus aspectos positivos, ela estimula os sentimentos de amor e acelera a união e a concepção. 
Não vamos comentar seus aspectos negativos ou punidores dos seres que desvirtuam os princípios do amor ou da concepção.
Na Coroa Divina, a Orixá Oxum e o Orixá Oxumaré surgem a partir da projeção do Trono do Amor, que é regente do sentido do Amor.

Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento mineral atua nos seres estimulando a união e a concepção.

A energia mineral está presente em todos os seres e também está presente em todos os vegetais. E por isto Oxum também está presente na linha do Conhecimento, pois sua energia cria a "atração" entre as células vegetais carregadas de elementos minerais. Já em nível mental, a atuação pelo conhecimento é uma irradiação carregada de essências minerais ou de sentimentos típicos de Oxum, a concepção em si mesma.

A água doce, por estar sobrecarregada de energia mineral, é um dos principais "alimentos" dos vegetais. Logo, Oxum está tão presente nas matas de Oxóssi quanto na terra de Obá, que são os dois Orixás que pontificam a linha vertical (irradiação) do Conhecimento. A Senhora Oxum do Conhecimento é uma Oxum vegetal pois atua nos seres como imantadora do desejo de aprender.

LENDAS


1 - Certa vez, numa festa de Oxalá, as sacerdotisas dos vários orixás, com inveja da de Oxum, puseram-lhe um feitiço: quando todos se levantaram para saudar Oxalá, ela ficou presa na cadeira e suas roupas ficaram sujas de sangue. Todos riram e Oxalá ficou zangado. A sacerdotisa, envergonhada, tentou se esconder, mas nenhum orixá lhe abriu a porta. Só Oxum a recebeu e transformou as gotas de sangue em penas de papagaio. Sabendo dessa magia, os outros orixás vieram prestar homenagem a Oxum e Oxalá lhe deu a proteção das filhas de santo, que durante a iniciação passaram a usar uma pena vermelha na testa.

2 - Houve um tempo em que os orixás masculinos se reuniam para discutir sobre a vida dos mortais e não deixavam as deusas participarem das decisões. Aborrecida com isso, Oxum fez com que as mulheres ficassem estéreis e então tudo deu errado na terra. Os orixás foram consultar Olorum e ele explicou que sem a presença de Oxum com seu poder sobre a maternidade, nada poderia dar certo. Os orixás, então, convidaram Oxum para participar das reuniões: as mulheres voltaram a ser fecundas e todos os projetos dos orixás tiveram bom resultado.

3 - Quando Xangô se apaixonou por Oxum, ela o recusou; então ele tentou violentá-la. Foi impedido por Exu, que os separou, dizendo que eles só poderiam se unir se ela o aceitasse livremente. Zangado, Xangô trancou Oxum numa torre muito alta, dizendo que só a soltaria quando ela o aceitasse. Oxum chorou muito; então Exu passou e perguntou o que acontecera. Sabendo da história, foi correndo levar seu pedido de socorro a Olorum. Este soprou em Oxum um pó que a transformou em pomba; assim, ela pôde voar e sair da torre pela janela.

QUALIDADES de OXUM


Abalu
(a mais velha de todas)
ABALÔ
(carrega ogum é uma iansã)
Jumu ou Ijimu
( a mãe de todas, estreita ligação com as Ìyámi)
Aboto ou Oxogbo
(feminina e coquete, ajuda as mulheres terem filhos)
Apara
( a mais jovem e guerreira)
Ajagura
(guerreira)
Yeye Oga
(velha e enquizilada)
Yeye Petu Yeye Kare
(guerreira)
Yeye Oke
(guerreira)
Yeye Onira
(guerreira)
Yeye Oloko
(vive nas florestas)
Yeye ponda
(esposa de Oxóssi Ibualama, guerreira e porta um leque)
Yeye Merin ou Iberin
(feminina e coquete)
Yeye Àyálá ou Ìyánlá
(a avó, que foi mulher de Ogum )
Yeye Lokun ou Pòpòlókun
(que não desce sobre a cabeça de suas filhas)
Yeye Odo
(dos perdões)
(Texto extaído do site "Candomblé sem mistério)

OXUM por VERGER


Oxum era muito bonita, dengosa e vaidosa. Como o são, geralmente, as belas mulheres. Ela gostava de panos vistosos, marrafas de tartaruga e tinha, sobretudo, uma grande paixão pelas jóias de cobre. Este metal era muito precioso, antigamente, na terra dos iorubás. Sí uma mulher elegante possuía jóias de cobre pesadas. Oxum era cliente dos comerciantes de cobre.

Omiro wanran wanran wanran omi ro!
"A água corre fazendo o ruído dos braceletes de Oxum!"


Oxum lavava suas jóias, antes mesmo de lavar suas crianças. Mas tem, entretanto, a reputação de ser uma boa mãe e atende às súplicas das mulheres que desejam ter filhos. Oxum foi a segunda mulher de Xangô. A primeira chamava-se Oiá-Iansã e a terceira Obá.
Oxum tem o humor caprichoso e mutável. Alguns dias, suas águas correm aprazíveis e calmas, elas deslizam com graça, frescas e límpidas, entre margens cobertas de brilhante vegetação. Numerosos vãos permitem atravessar de um lado a outro.
Outras vezes suas águas, tumultuadas, passam estrondando, cheias de correntezas e torvelinhos, transbordando e inundando campos e florestas. Ninguém poderia atravessar de uma margem à outra, pois ponte nenhuma as ligava. Oxum não toleraria uma tal ousadia! Quando ela está em fúria, ela leva para longe e destrói as canoas que tentam atravessar o rio.
Olowu, o rei de Owu, seguido de seu exército, ia para a gerra. Por infelicidade, tinha que atravessar o rio num dia em que este estava encolerizado. Olowu fez a Oxum uma promessa solene, entretanto, mal formulada.
Ele declarou: " Se voce baixar o nível de suas águas, para que eu possa atravessar e seguir para a guerra, e se eu voltar vencedor, prometo a você nkan rere", isto é, boas coisas.
Oxum compreendeu que ele falava de sua mulher, Nkan, filha do rei de Ibadan. Ela Baixou o nível das águas e Olowu continuou sua expedição.
Quando ele voltou, algum tempo depois, vitorioso e com um espólio considerável, novamente encontrou Oxum com o humor perturbado. O rio estava turbulento e com suas águas agitadas.
Olowu mandou jogar sobre as vagas toda sorte de boas coisas, as nkan rere prometidas: tecidos, búzios, bois, galinhas e escravos. Mel de abelhas e pratos de mulukun, iguaria onde suavemente misturam-se cebolas, feijão fradinho, sal e camarões. Mas Oxum devolveu todas estas coisas boas sobre as margens.
Era Nkan, a mulher de Olowu, que ela exigia. Olowu foi obrigado a submeter-se e jogar nas águas a sua mulher. Nkan estava grávida e a criança nasceu no fundo do rio.
Oxum, escrupulosamente, devolveu o recém-nascido dizendo: "É Nkan que me foi solenemente prometida e não a criança. Tome-a!". As águas baixaram e Olowu voltou tristemente para sua terra.
O rei de Ibadan, sabendo do fim trágico de sua filha, indignado declarou: "Não foi para que ela servisse de oferenda a um rio que eu a dei em casamento a Olowu!" Ele guerreou com o genro e o expulsou do país.
O Rio Oxum passa em um lugar onde suas águas são sempre abundantes.
Por esta razão é que Larô, o primeiro rei deste lugar, aí instalou-se e fez um pacto de aliança com Oxum. Na época em que chegou, uma de suas filhas fôra se banhar. O rio a engoliu sob as águas. Ela só saiu no dia seguinte, soberbamente vestida, e declarou que Oxum a havia bem acolhido no fundo do rio.
Larô, para mostrar sua gratidão, veio trazer-lhe oferendas. Numerosos peixes, mensageiros da divindade, vieram comer, em sinal de aceitação, os alimentos jogados nas águas. Um grande peixe chegou nadando nas proximidades do lugar onde estava Larô.
O peixe cuspiu água, que Larô recolheu numa cabaça e bebeu, fazendo, assim, um pacto com o rio. Em seguida ele estendeu suas mãos sobre a água e o grande peixe saltou sobre ela.
Isto é dito em iorubá: Atewo gba ejá. O que deu origem a Ataojá, título dos reis do lugar.
Ataojá declarou então: "Oxum gbô!"
"Oxum esta em estado de maturidade, suas águas são abundantes."
Dando origem ao nome da cidade de Oxogbô. Todos os anos faz-se, aí, grandes festas em comemoração a todos estes acontecimentos.
Do livro "Lendas Africanas dos Orixás de Pierre Fatumbi Verger e Carybé - Editora Currupio)

ARQUÉTIPO


O arquétipo de Oxum é o das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolos do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que Oiá. Elas evitam chocar a opinião pública, à qual dão grande importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social.
(Do livro "Orixás - Pierre Fatumbi Verger - Editora Corrupio")

OXUM e a ASTROLOGIA


Oxum é orixá das águas doces, dos rios, regatos e igarapés.
Acolhe, no seu regaço, as chuvas de Nanã e também os veios d'água das profundezas do subsolo.
É o orixá da mansidão, da maternidade, da cria, dos valores familiares, pugnando, com serenidade, pela concórdia da família universal, enlaçando-a com doçura a verdadeira afeição.
Seus "filhos de cabeça" são extremados na devoção religiosa e corretos na vida familiar.
É comum dizer-se que Yemanjá alenta a criação e preside a gravidez, mas é Oxum quem concebe e é a criadora.
Seus devotos possuem um alto espírito de religiosidade, de ternura, tolerância e compreensão para com os defeitos alheios. Sacrificam-se pelos filhos até a última instância.
Honesta em todos os sentidos, cumpridora de suas obrigações no campo social, principalmente no lar.
Gostam, perdidamente, de crianças.
No plano mental, o orixá dá aos seus tutelados uma percepção brilhante dos fatos.
São simples, distintos e procuram aliar os vôos do pensamento filosófico ao prático habitual e, sobretudo, útil a todos.
Dão ótimos professores, administradores.
Como segundo Orixá de Cabeça, Oxum dá tranqüilidade e confiança e êxito principalmente com os Orixás Ogum e Xangô.
Ainda no plano mental, esse Orixá imprime a seus filhos uma acuidade de prever acontecimentos.
Sensíveis e resignados, esquecem, com facilidade, as ofensas recebidas procurando, inclusive, reatar laços de amizade já que fazer amigos duradouros é sua tendência natural.
Quando ricos, são simples e acolhem os parentes mais pobres ou em dificuldades.
Estão sempre à frente nos serviços de filantropia sem procurar aparecer na imagem enganosa de "pessoa boníssima" ou de "bom moço".
Extremados por um ideal, seguem facilmente os líderes ou causas ideológicas.
Oxum traz o privilégio da fecundidade da abundância e até da riqueza, seja no plano físico, nos sentimentos, seja no plano mental das

elucubrações originais e proveitosas a todos.
A nível negativo são preguiçosas, negligentes, omissas, desalinhadas e não muito cuidadosas com a própria aparência.
Chegam mesmo à falta de higiene com o corpo e com o lugar onde habitam.
Choram por nada.
Reclamam de coisas de que não cuidaram no devido tempo.
Emotividade exagerada, piegas, sensualismo degradante, fanatismo, obsessão e intolerância. 

Sincretismo
N.S. da Conceição
08 de Dezembro

Características
Bonita, elegante, doce, feiticeira, chantagista, falsa, possessiva. Mãe da Riqueza, da Magia e do Amor. Confere Proteção no Parto e ao Bebê.

Cor
Amarelo-Ouro

Dia da Semana
Sábado

Mês
Maio

Festa
2 de Fevereiro
Seu axé é o seixo polido na água corrente.
O abebé, um abano circular de latão, com enfeites, é o seu emblema

Domínio
Água Doce

Metal
Latão

Quizília
Abacaxi

Riscos de Saúde
Dificuldades Circulatórias, Hipertensão, Tensão Nervosa

Saudação
Erieiê ! Ô !

Símbolo
Leque (Abebé) com Estrela, Espelho; um coração do qual nasce um rio. 

Guia
As contas de sua guia são amarelas.

Astrologia
Rege TOURO e LIBRA. É orixá da fertilidade e da riqueza, símbolo também da sexualidade e por isso mesmo está associado ao signo de Touro. É ainda vaidoso, diplomata, tem muita ambição social, o que o aproxima das características impressas pelo signo de Libra. Corresponde a Vênus. É associada a diversas Nossas Senhoras.

Pedra
Turqueza

Metal
Ouro

Tarot
A Estrela
Esperança, inspiração criadora, otimismo, autocontrole, energia, satisfação.
Aponta para a realização dos ideais. São sete estrelas e uma grande no centro, representando a concretização de algo que se deseja muito. O jarro de água sendo derramado significa que uma nova vida começa quando conseguimos realizar nossos ideais.

Local das Oferendas
Rios ou Nascentes

Presentes Prediletos
Adereços, Espelho, Flores Brancas e Amarelas, Perfumes, seus Alimentos e suas Bebidas

Flores
De tonalidade amarelo, lírios de toda espécie, margaridas, flor-de-maio, amor-perfeito, madressilva, narciso, rosa branca ou bicolor.

Frutas
Doces em geral, banana prata e ouro, laranja-lima, viti, sapoti, moranga, jabuticaba.

Bebidas
Doces, ressaltando-se o mel, água de cachoeira, água de coco, champagne, suco de suas ervas e frutas.
Perfumes oriundos de suas plantas trazem ao portador um clima de romance, calma e mansidão.

Sacrifícios
cabra.

Saudação
ERI IEIÊ Ô
(Salve Senhora da Bondade e da benevolência)
Ai iê ieu Mamãe Oxum
Anuncia sua presença com um zumbido anasalado.

Alimentos
Abará, Banana, canjica, ipetê, ovos, xinxim, uado (pipoca em pó, azeite-de-dendê e açúcar), axoxó (prato à base de feijão-fradinho), mulucum (feijão-fradinho com camarão, cebola e sal), adum (farinha de milho misturada com mel e azeite). Gosta de chupar cana-de-açúcar.

PREPARO DOS ALIMENTOS


XINXIM- 250 g de carne de frango, 1 punhado de camarão seco, 1 punhado de amendoim, alho, cebola, sal, limão, azeite de dendê Temperar o frango com sal e limão. Torrar o amendoim e moer com o camarão, alho e cebola. Refogar esse tempero, juntar o frango e cozinhar. servir com farofa.
FAROFA DE BANANA- 2 bananas da terra, sal Cortar as bananas em fatias, polvilhar sal e secar no sol (leva dias ) ou no forno bem baixo. Moer. Usar pura para acompanhar peixes, ou como mingau.
MOQUECA DE OXUM- 250 g de peixe, limão, sal, pimenta, coentro, tomate, cebola, azeite de dendê Temperar o peixe com limão e sal. Colocar na frigideira. Moer os temperos e colocar por cima. Regar com azeite de dendê e cozinhar sem mexer.
OMOLOCUM- 200 g de feijão fradinho, 2 ovos, 1 punhado de camarão seco, cebola, azeite doce Cozinhar os ovos e o feijão. Refogar os temperos e juntar o feijão, deixando apurar.Colocar numa tigela e enfeitar com os ovos.
JATICOU- 250 g de camarão, 100 g de arroz, 1 colher ( sopa ) de creme de arroz, cebola, alho, coentro, tomate, pimentão, sal, azeite de dendê Cozinhar o arroz em água e sal. À parte, cozinhar o camarão com os temperos e moer. Misturar com o arroz e o creme de arroz, fazer bolinhos e fritar no azeite de dendê.

ERVAS E PLANTAS


Abiu-abieiro: Sem uso na liturgia, tem folhas curativas; a parte inferior destas, colocadas nas feridas, ajudam a superar; se inverter a posição da folhas, a cura será apressada. A casca da árvore cozida tem efeito cicatrizante.
Agrião-do-Pará – Jambuaçu: É usado nas obrigações de cabeça e nos abô, para purificação de filhos; como axé nos assentamentos da deusa de água doce. A medicina caseira usa-o para combater tosses e corrigir escorbuto (carência de vitamina C). É, também, excitante.
Alfavaca-de-cobra: É usada em todas as obrigações de cabeça. No abô também é usada, o filho dorme com a cabeça coberta. Antes das doze horas do dia seguinte o emplastro é retirado, e torna-se um banho de purificação. A medicina caseira a indica como combatente ao mau-hálito.
Arapoca-branca: Suas folhas são utilizadas nas obrigações de cabeça e nos abô; no Candomblé são usadas em sacudimentos pessoais. As casacas desta servem para matar peixes. A medicina caseira utiliza as folhas como antitérmico, contra febres. Age também como excitante.
Arnica-montana: Tem pouca aplicação na Umbanda e no Candomblé. Já na medicina popular ;e muito usada, após alguns dias de infusão no otin (cachaça). Age como cicatrizante, recompondo o tecido lesado nas escoriações.
Azedinha - Treco-azedo – Três corações: É popularmente conhecida como três-corações, sem função ritualística, é apenas empregada na medicina popular como: combatente da disenteria, eliminador de gases e febrífugo.
Bananeira: Muito empregada na culinária dos Orixás. Suas folhas forram o casco da tartaruga, para arriar-se o ocaséo a Oxum. A medicina caseira prepara de sua seiva um xarope de grande eficácia nos males das vias respiratórias ou doenças do peito.
Brio-de-estudante – Barbas-de-baratas: Desta erva apenas a raiz é utilizada. Ela fornece um bom corante que é usado nas pinturas das yawo, de mistura com pemba raspada. A medicina popular utiliza o chá, meia hora antes de dormir, para ter sono tranqüilo.
Caferana-alumã: São utilizadas nas aplicações de cabeça e nos abô. Usado na medicina popular como: laxante, fazendo uma limpeza geral no estômago e intestinos, sem causar danos; é ótima combatentes; poderoso vermífugo e energético tônico.
Camará-cambará: Utilizada em quaisquer obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de purificação. A medicina caseira a emprega muito em xarope, contra a tosse e rouquidão e ainda põe fim às afecções catarrais.
Camomila-marcela: Tem restrita aplicação nas obrigações litúrgicas. Entretanto, é usada nos banhos de descarrego e nos abô. No uso popular é de grande finalidade em lavagens intestinais das crianças, contra cólicas e regularizadora das funções dos intestinos. O chá das flores é tônico e estimulante, combate as dispepsias e estimula o apetite.
Cana-fístila – Chuva-de-ouro: Aplicada nos abô e nas obrigações de cabeça, usada também nos banhos de descarrego dos filhos de Oxum. Seu uso popular é contra os males dos rins, areias e ardores. O sumo das folhas misturado com clara de ovo e sal mata impigens.
Chamana-nove-horas – Manjericona: Usada em obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de purificação dos filhos de Oxum. O povo a utiliza em disenterias.
Cipó-chumbo: Sem uso na liturgia, porém muito prestigiada na medicina popular, como xarope debela tosses e bronquites; seu chá é muito eficaz no combate a diarréias sanguinolentas e à icterícia; seco e reduzido a pó, cicatriza feridas rebeldes.
Erva-cidreira – Melissa: Sem uso na liturgia, sua aplicação se restringe ao âmbito da medicina caseira, que a usa como excitante e antiespasmódico, enérgico tônico do sistema nervoso. O chá feito das folhas adocicado ou puro combate as agitações nervosas, histerismos e insônia.
Erva-de-Santa-Maria: São empregadas em obrigações de cabeça e em banhos de descarrego. Como remédio caseiro é utilizada para combater lombrigas (ascárides) das crianças, também é ótimo remédio para os brônquios.
Ervilha-de-Angola – Guando: É empregada em quaisquer obrigações. O povo usa as pontas dos ramos contra hemorragias e as flores contra as moléstias dos brônquios e pulmões.
Fava-pichuri: No ritual da Umbanda e do Candomblé, usa-se a fava reduzida a pó, o defumações que trazem bons fluidos e afugenta Eguns. O povo usa o pó na preparação de chá, que é eficaz nas dispepsias e diarréias.
Flamboiant: Não é utilizado em obrigações de cabeça, sendo usado somente em algumas casas, em banhos de purificação dos filhos dos orixás. Porém suas flores tem vasto uso, como ornamento, enfeite de obrigação ou de mesas em que estejam arriadas as obrigações. Sem uso na medicina comercial.
Gengibre-zingiber: São aplicados os rizomas, a raiz, que se adiciona ao aluá e a outras bebidas. O povo a usa nos casos de hemorragia de senhoras e contra as perturbações do estômago, em chá.
Gigoga-amarela – Aguapê: Usado nos abô, nos ebori e banhos de limpeza, pois purifica o aura e afugenta ou anula Eguns. A medicina popular manda que as folhas sejam usadas como adstringente e, em gargarejos, fortalecem as cordas vocais.
Ipê-amarelo: Aplicada somente em defumações de ambientes. Na medicina popular é usada em gargarejos, contra inflamações da boca, das amígdalas e estomatite. O que vai a cozimento são a casca e a entrecasca.
Lúca-Árvore-da-pureza: Seu pendão floral é usado plena e absolutamente, em obrigações de ori dos filhos de Oxum. Não possui uso na medicina popular.
Macaçá: Aplicação litúrgica total, entra em todas as obrigações de ori nos abô e purificação dos filhos dos orixás. O povo a usa para debelar tosses e catarros brônquios; é usada ainda contra gases intestinais.
Mãe-boa: É erva sagrada de Oxum. Só é usada nas obrigações ritualísticas, que se restringe aos banhos de limpeza. Muito usada pelo povo contra o reumatismo, em chá ou banho.
Malmequer – Calêndula: É usada em todas as obrigações de ori e nos abô, e nos banhos de purificação dos filhos de Oxum. As flores são excitantes, reguladoras do fluxo menstrual. As folhas são aplicadas em fricções ou fumigações para facilitar a regra feminina.
Malmequer-do-campo: Não é aplicada nas obrigações do ritual. Na medicina popular tem função cicatrizante de feridas e úlceras, colocando o sumo de flores e folhas sobre a ferida.
Malmequer-miúdo: Aplicado em quaisquer obrigações de ori, nos abô e nos banhos de limpeza dos filhos que se encontram recolhidos para feitura do santo. Como remédio caseiro, é cicatrizante e excitante.
Orriri-de-Oxum: Entra em todas as obrigações de ori, nos banhos de limpeza. O povo a indica como diurético e estimulador das funções hepáticas.
Vassourinha-de-botão: Muito usado nos sacudimentos pessoais. Não possui qualquer uso na medicina popular.

RITUAL DE OXUM


Para ter a proteção de Oxum e felicidade no amor, prepare um peixe de água doce, temperado com azeites de oliva e dendê, cebola ralada e camarão. Coloque numa tigela de louça e ofereça perto de um rio ou de uma cachoeira, com um maço de velas amarelas e cinco velas amarelas acesas. Faça a oração de Oxum, reze um Pai-Nosso e uma Ave-Maria e vá embora sem olhar para trás. Realize esse ritual num sábado.

ORAÇÃO DE OXUM


"Orá iiê Oxum,
Salve dourada senhora da pele de ouro,
benditas são suas águas, e essas mesmas águas lavam meu ser, e me livram do mal.
Oxum, Divina Rainha, bela orixá,
venha a mim caminhando na Lua cheia.
Traga mãe, em suas mãos, os lírios do amor e da paz.
Torne-me doce, sedutora, suave, como és.
Mamãe Oxum, me proteja, orixá.
Que o amor seja constante em minha vida.
Que eu possa amar a tudo que existe.
Me proteja contra as mandigas e feitiçarias.
Dê a mim o néctar da sua doçura.
E que eu consiga (faça o pedido).
Mãe de ouro, da beleza e do amor, senhora do mais puro Axé, valha-me hoje e sempre. "

COMPORTAMENTO


Segunda esposa de Xangô, tendo vivido em outras épocas com Ogum e Oxóssi.
Sua morada é nas cachoeiras e rios de água doce, onde costumam lhe entregar comidas e presentes. Na África é chamada Iyalode, cargo ocupado pela mulher mais importante da cidade.
Foi rainha de Oyó, onde as mulheres que queriam engravidar procuravam-na, sendo respeitadíssima como feiticeira. Como todos os outros orixás, existem diversos tipos de Oxuns, de acordo com a proximidade de uma tribo ou a profundidade do rio. Oxum pode ser maternal, jovem feiticeira ou uma guerreira.
Mãe da água doce, deusa da candura e da meiguice, dona do ouro. Oxum é a rainha do Ijexá. Orixá da prosperidade, da riqueza, ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe.
Oxum exerce uma ampla influência no comportamento dos seres humanos, regendo principalmente o lado teimoso e manhoso, além daquele espírito maquiavélico que existe em todos nós.
No bom sentido, Oxum " é o veneno das palavras", é o modo piegas das pessoas, é a forma "metida", esnobe apresentada principalmente pelo sexo feminino. É o cochicho, o segredinho, a fofoca.
Está encantada nas conversas, nos risinhos, nos comentários, nas intriguinhas.
Rege o charme, o it, a pose; tudo que está ligado à sensualidade, sutileza, ao dengo, sendo o sexo feminino o mais influenciado.

É o flerte, o carinho. É o amor puro, real, maduro, solidificado, sensível, não chegando a ser a paixão.
É o amor verdadeiro; ela propicia e alimenta este sentimento nos homens, fazendo-os ser mais calmos e românticos.
É a deusa do amor.
Oxum está muito intimamente ligada à magia, pois é a divindade africana mais ligada às yámi oxorongá, feiticeiras, bruxas.
Com elas aprendeu a arte da magia, estando esta arte ligada ao amor.
Regente do ouro, ela está presente e se encanta em joalherias e outros lugares onde se trabalha com ouro, seu metal predileto e de regência absoluta.
É a protetora dos ourives.
É o próprio ouro.
A regência mais fascinante de Oxum é o processo de fecundação.
Na multiplicação da célula mater, Exu entrega a regência para Oxum que vai cuidar do embrião, do feto, até o nascimento.
É Oxum que vai evitar o aborto, manter a criança viva e sadia na barriga da mãe, onde no nascimento a entrega para Iemanjá, que lhe dará destino.

A MULHER DE OXUM


Para conquistá-la é preciso estar atento aos sinais que ela emite.
A primeira coisa que a mulher de Oxum faz, quando está a fim de conquistar alguém, é passar as mãos nos cabelos. Só isso!!! (Acreditem). Não espere jamais que ela demonstre seu interesse diretamente.
Vai sempre chegar na pessoa desejada por intermédio de outra. Tudo isso acontece porque a filha de Oxum gosta de proteger-se das pessoas em qualquer lugar que esteja. É aquele tipo de mulher que não anda sozinha e está sempre acompanhada de uma amiguinha.
Apesar disso, tem uma aparência chamativa: destaca-se pelos penteados, pela pele macia e bem tratada, pelo corpo harmonioso.
Seu ponto fraco é a vaidade. Basta, então, para conquistá-la, elogiar sua beleza.
AFINIDADES: A mulher de Oxum combina bem com os filhos de Ibeji, Oxalá, Exu, Xangô, Oxumaré, Oiá e Oxóssi.

O HOMEM DE OXUM


Bonito, charmoso, de ar malicioso, arranca suspiros de todas.
Aliás, isso é o que esse homem mais gosta de fazer. Só que é preciso entender como ele joga o jogo da conquista.
Em primeiro lugar, não demonstra seu interesse e não se compromete demais. Arma todo o esquema para que a mulher tome a iniciativa de chegar a ele. Sexualmente impetuoso, usa toda a sua inteligência e o seu requinte para dar um toque especial aos contatos amorosos. Fará, portanto, com que a mulher se sinta uma rainha.

O problema é que gosta de fazer isso com todas as mulheres.
Mas há como segurar o filho de Oxum.
Trabalhe a sua vaidade, elogie-o muito, mas trate de fazê-lo notar que há outras pessoas interessadas na mulher que está ao lado dele.
AFINIDADES : O homem de Oxum combina com mulheres de Exu, Oxumaré, Ibeji, Oiá, Oxalá, Ogum e Oxóssi.

PARA CONQUISTAR SEU AMOR



Esta simpatia para a sensual deusa da riqueza e do amor, associada à fecundação, deve ser realizada num período de Lua crescente.
Abra em zigue-zague, no sentido horizontal, um melão bem grande e retire as sementes do seu interior. Pegue uma goiaba vermelha e fure-a no centro. Escreva num papel em branco seu nome e logo abaixo o do seu amor e coloque o papel no interior da goiaba, que será posta dentro do melão. Encha toda a cavidade do melão com açúcar cristalizado. Junte as duas metades do melão amarrando-as com fitas amarelas e vermelhas. Coloque-o de pé dentro de um cesto de vime forrado com hortelã e coentro. Derrame sobre o melão cinco gotas de essência de almíscar e cinco de essência de jasmim. Entregue a oferenda à beira de um rio, junto a uma cachoeira ou num jardim gramado, acendendo junto ao cesto uma vela amarela e outra vermelha, bem juntas.
E boa sorte!!!
Abaixo, mais uma simpatia para viver um grande amor com a ajuda da Oxum:

Ferva em 1 litro de água cinco rosas amarelas, cinco amores-perfeitos, cinco cravos-da-índia, cinco pedaços de canela em pau, cinco gotas de mel puro, cinco gotas de essência de rosas. Coe e, no período da Lua nova, banhe-se com essa mistura, do pescoço para baixo, durante cinco dias, sempre pedindo a Oxum que a solidão se vá junto com as águas que lavam seu corpo. Só mulheres podem tomar esse banho.


Paz Amor e Harmonia Emidio de Ogum http://espadadeogum.blogspot.com

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