Sentir no ar o perfume das ervas queimando percorrendo minha mente
Colocar as mãos estendidas em busca da cura do seu flagelo
Cair de joelhos no brado dos caboclos, e pedir o perdão de não impedir o choro
Sentir o calor das velas acesas, com cores vibrantes
Olhar em frente e ver meu Pai Oxala, do lado de Pai Ogum e Pai Xango
Ouvir logo abaixo o som das ondas do mar de Yemanja
Sentir nas costas a espada curadora, e o fio do machado justiceiro
Curvar feito preto velho e ver o chão pisado, com calos de caminhos errados
Olhar as cores dos doces das crianças, sorrindo em seu universo
Amargar os sofrimentos sem fe, confiando na entidade
Colocar no alguidar as suas aflições, derramando nosso orgulho
Riscar o ponto das lamentações, corrigir nossos erros
Depositar o fumo no interior do cachimbo voando em pensamentos
Abrir as cortinas da minha vida como o corte da espada do cavaleiro de Deus
Enfileirar tropas armadas de amor ao irmão que sofre
Apontar com a flecha certeira o caminho da solidariedade
Sentar aos pes do bom preto velho e ouvir seus conselhos
Cantar o amor e entoar a melodia dos atabaques em meu coração
Isso tudo queridos irmão e a UMBANDA.
Axé a todos Irmãos de Fé
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
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