Os Erês são os Orixás crianças, filhos gêmeos de Iemanjá e Oxalá.
Simbolizam a dualidade: o quente e o frio, a luz e a escuridão, o masculino e o feminino, o divino e o humano, o início e o fim.
No sincretismo religioso, estão associados a Cosme e Damião.
Todo Orixá está ligado a um ou vários Exus assim como a um Erê. A palavra Erê vem do yorubá iré que significa "brincadeira, divertimento". Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Erê aparece instantaneamente logo após o transe do Orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o Orixá.
Durante o ritual de iniciação, o Erê é de suma importância pois, é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do Orixá do recém-iniciado. O Erê na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muitas coisas e ritos passados durante o período de reclusão. O Erê conhece todas as preocupações do iyawo.
O comportamento do iniciado em estado de “Erê” é mais influenciado por certos aspectos de sua personalidade, que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seu Orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, “nome de iyawo” segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas.
Cada Erê traz um nome inspirado no arquéotipo ou natureza do Orixá ao qual está submetido, por exemplo: "Foguete" ou "Trovãozinho" para Xangô. "Ferreirinho" para Ogum. "Pindo de Ouro" para Oxum e assim por diante.
Agora, esses nomes não serão os mesmos em cada iyawo.
Paz Amor e Harmonia
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
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