Umbanda: Os cem anos de uma religião tipicamente brasileira
Foi nos fins de 1908 que a Federação Espírita do Rio de Janeiro foi surpreendida por uma ocorrência que tomou aspecto sobrenatural: o jovem médium Zélio de Morais, foi tomado por uma força maior e incontrolável que se dizia um espírito de um índio brasileiro. E na mesma sessão outros médiuns manifestam-se com espíritos de negros escravos e caboclos. Foram convidados a se retirar pelo presidente da sessão que os considerava espíritos atrasados. Mas Zélio estava convencido que estes espíritos teriam uma missão confiada pelo plano espiritual: a prática da caridade e a ajuda aos sofredores.
Foi a partir desse episódio que surgiu um novo culto para dar voz a estes espíritos: a Umbanda, uma religião que integraria ricos e pobres com objetivo da evolução dos seres – sejam eles encarnados ou desencarnados.
Apesar da crença geral de que a Umbanda provém diretamente do Candomblé, é possível comprovar que este culto tem suas influências mais antigas no ritual indígena do Catimbó. A elas se juntariam posteriormente elementos africanos, católicos, espíritas e orientais, numa mistura peculiar típica do nosso povo. Do candomblé adotou os deuses africanos Orixás e grande parte de sua nomenclatura e ritual. Do catolicismo, o reconhecimento da figura do Cristo e a adoção do seu ideal de amor e caridade, e do espiritismo herdou o exercício mediúnico. A Umbanda é uma religião em constante mudança e evolução: hoje podemos encontrar ramos da umbanda voltadas para a ufologia e até com o ritual amazônico do Santo Daime: o Umbandaime.
De uma flexibilidade não encontrada em qualquer religião, a Umbanda é a religião de matriz africana que conquista maior número de adeptos entre todas as raças e divisões sociais, resultado do seu ecletismo que agrega todas as fés: Na Umbanda o orixá Ogum é São Jorge, Yansã é Santa Bárbara e lá até o Buda tem vez! Todos convivem pacificamente no mesmo Congá (altar).
Aos poucos, apesar do preconceito e desconhecimento que envolvem a religião, a Umbanda se espalhou pelo Brasil e chegou à nossa região em 1965, com a fundação da Tenda de Umbanda Santa Catarina na Vila Aparecida em Jundiaí. Com suas cantigas, velas e charutos conquistou um lugar no coração de centenas de brasileiros que tem orgulho de dizer que fazem parte da primeira religião brasileira.
Às vésperas de seu centenário, os umbandistas se preparam para comemorar o culto verde-e-amarelo com importantes discussões e campanhas pelo fim da intolerância religiosa: Um seminário preparatório será realizado pela Federação Interestadual União das Tradições e Cultura Afro Brasileira , uma ONG que congrega mais de 50 terreiros de Umbanda na região de Jundiaí e promove ações afirmativas na luta contra toda forma de descriminação, seja social, racial, de gênero ou religiosa. Grandes comemorações são esperadas esse ano por todo o Brasil, saudando com um Saravá a religião que é a cara do povo brasileiro.
Foi a partir desse episódio que surgiu um novo culto para dar voz a estes espíritos: a Umbanda, uma religião que integraria ricos e pobres com objetivo da evolução dos seres – sejam eles encarnados ou desencarnados.
Apesar da crença geral de que a Umbanda provém diretamente do Candomblé, é possível comprovar que este culto tem suas influências mais antigas no ritual indígena do Catimbó. A elas se juntariam posteriormente elementos africanos, católicos, espíritas e orientais, numa mistura peculiar típica do nosso povo. Do candomblé adotou os deuses africanos Orixás e grande parte de sua nomenclatura e ritual. Do catolicismo, o reconhecimento da figura do Cristo e a adoção do seu ideal de amor e caridade, e do espiritismo herdou o exercício mediúnico. A Umbanda é uma religião em constante mudança e evolução: hoje podemos encontrar ramos da umbanda voltadas para a ufologia e até com o ritual amazônico do Santo Daime: o Umbandaime.
De uma flexibilidade não encontrada em qualquer religião, a Umbanda é a religião de matriz africana que conquista maior número de adeptos entre todas as raças e divisões sociais, resultado do seu ecletismo que agrega todas as fés: Na Umbanda o orixá Ogum é São Jorge, Yansã é Santa Bárbara e lá até o Buda tem vez! Todos convivem pacificamente no mesmo Congá (altar).
Aos poucos, apesar do preconceito e desconhecimento que envolvem a religião, a Umbanda se espalhou pelo Brasil e chegou à nossa região em 1965, com a fundação da Tenda de Umbanda Santa Catarina na Vila Aparecida em Jundiaí. Com suas cantigas, velas e charutos conquistou um lugar no coração de centenas de brasileiros que tem orgulho de dizer que fazem parte da primeira religião brasileira.
Às vésperas de seu centenário, os umbandistas se preparam para comemorar o culto verde-e-amarelo com importantes discussões e campanhas pelo fim da intolerância religiosa: Um seminário preparatório será realizado pela Federação Interestadual União das Tradições e Cultura Afro Brasileira , uma ONG que congrega mais de 50 terreiros de Umbanda na região de Jundiaí e promove ações afirmativas na luta contra toda forma de descriminação, seja social, racial, de gênero ou religiosa. Grandes comemorações são esperadas esse ano por todo o Brasil, saudando com um Saravá a religião que é a cara do povo brasileiro.
(Rafael Vertuan é jornalista, pesquisador da cultura afro-brasileira e membro da FIUTCAB).
Foto 1 – Preto Velho
Foto 2 – Mestre Zé Pelintra
Paz Amor e Harmonia
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
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