Iluminado sou vós meu pai, que seria de mim sem a sua luz?
Podes até soprar a vida quando a criança é gerada pela mãe.
Que luz pequeninha que vem do seu olhar é luz clara como a onda do mar.
falar devagar e aos poucos sorrir entre suas palavras, sentir o cheiro do campo
Deliciar os aromas da natureza, molhar os pés no rio que corre sem parar.
Nascer filho, padecer como pai e morrer como se nada acontecera com você
Querer mudar o mundo, professor de almas perdidas, incompreendido por muitos
Seu quadro não era negro, era verde pois nos campos era sua escola
Mestre do carinho, sua matemática era quantos podiam ser felizes
Sua geografia era o mundo todo, e quanto mundo poderia percorrer
Profeta e professor, alunos e aprendizes, a mudança que nunca começou
Seus livros foram escritos mas poucos se formaram, escrevia certo, e por
linhas tortas muitos entendiam de outros ângulos, sua língua era universal
Professor de vida e almas queria um mundo melhor, mas sacrificou o seu
Seu magistério era de poucos alunos 12 por um todo, mas serviriam para
doutrinar mais doze, e por cada um doze se formariam, mas o número se
esgotou, a escola foi esquecida, as paredes ficaram feias, e os alunos sumiram
Na parede ainda esta o prego, não aquele da cruz, mas sim aquele que servira
para você pendurar o diploma, ficara amarelado pelo tempo, talvez o objetivo já
esteja cumprido, mas se não temos nosso mestre messias, como vamos nos doutorar?
Como tolos somos: temos um livro que ele nos deixou, nele esta escrito tudo aquilo que
devemos seguir, já nos formamos, e não podemos parar, o servo virou professor e
sacerdotes temos que continuar, continuar o que o Pai nos ensinou e novos rebanhos
vamos formar.
Senhor como um Médium emprestaste seu corpo físico não a uma entidade e sim para todos nós, sentimos a sua dor por milhares de anos e ainda não foi compreendida por muitos.
Na Umbanda damos nossos corpos para Médicos de Almas, na vida somos servos
do senhor, na Gira somos o produto do amor do senhor Deus, e como seu filho
com guias de cristal no pescoço, ajoelhamos e pedimos perdão também, como outros
que louvam em pianos e cordas nosso barril com couro soa nos corações, nas cabanas
e tendas louvamos o bem e o amor, igual a todos que procuram a bondade.
Trocamos nosso tempo dado as entidades junto com nossos corpos físicos em troca
de alimentos, não para nós médiuns e sim para saciar a fome dos mais necessitados.
Podemos ser excluídos por todos, podemos ser mal interpretados, podemos ser julgados ainda na terra, mas não temos medo, pois nosso Pai Oxalá sabe de tudo e nada acontece sem sua permissão, e mais uma chance será dada a aqueles que maltratarem seus irmãos, e um dia serão aceitos por médiuns que lhes estenderam aos mão, puxaram um banquinho, lhe darão um cachimbo para poder praticar o bem novamente na terra no corpo de outra pessoa.
Perdoa meu Pai Oxalá, pois somos todos irmãos.
Que a Divina Luz esteja entre nós
Poema de Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
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