Apesar de a Jornada Mundial da Juventude fazer parte do calendário católico, nem só de apostólicos romanos é feito o evento. Os integrantes das etnias tupinambás, hã hã hãe, kanipuna, guarani, kiriri, baniwa e pataxós corôa vermelha, recém-chegados da Bahia ao Rio por causa da JMJ, seguem suas próprias religiões indígenas. E todos ficarão hospedados em um terreiro de Umbanda, em Campo Grande, Zona Oeste da cidade, num exemplo de ecumenismo.
Os índios chegaram pela Rodoviária Novo Rio, que só nesta terça-feira recebeu cerca de 12 mil pessoas que irão participar da Jornada - ou seja, não são apenas os aeroportos do Rio que seguem lotados de peregrinos e voluntários. A ideia dos grupos indígenas, inicialmente, era participar de maneira oficial da JMJ, mas o alto valor dos ‘kits’ impossibilitou o sonho dos líderes. O maior desejo, com a visita do Papa Francisco ao Brasil, era entregar a Santa Indígena ao Pontífice.
- Eles chegaram hoje. Vamos participar de um encontro para promover a cultura indígena. Não conseguimos nos inscrever na Jornada. Nos cobraram um valor muito alto e não tivemos auxilio de nenhum órgão estadual, federal ou da Igreja. Nossa maior vontade era a entrega, por parte de um Pataxó, da escultura da Santa Indígena (uma Nossa Senhora com traços indígenas), mas não tivemos retorno - respondeu Papion Karipuna, que faz parte do grupo Raízes Históricas Indígenas e recebeu as tribos da Bahia.
Cerca de 150 índios são esperados para a semana da Jornada.
Que a Divina Luz esteja entre nós
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
RECOMENDE AQUI ESTE ARTIGO NO BOTÃO +1