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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Escrituras Sânscritas

DALAI LAMA VISIT

Dalai Lama, que significa "Oceano de Sabedoria" em tibetano, sempre me pareceu um mito e ao mesmo tempo uma personalidade extremamente interessante. Tenzin Gyatso é um ser que transcende e um exemplo, cuja sabedoria se irradia pelo mundo, e para ele a transcendência é um potencial humano. Nascido em uma vila do Tibet, de uma família de camponeses com 16 filhos, aos dois anos de idade ele foi visitado por monges que o identificaram como Sua Santidade, a reencarnação do décimo terceiro Dalai lama. Ele foi entronizado com quatro anos e meio como o 14º Dalai Lama. Aos cinco já sabia ler e com seis era submetido a uma rotina que incluía muitas horas de imersão nos textos budistas e participações diárias em reuniões de governo. Aos 24 anos de idade completou seu doutorado em filosofia budista. Estudioso da ciência, seu passatempo predileto era desmontar e montar relógios, e confessa que, como qualquer criança, ficava sim irritado quando algo dava errado em suas montagens. Em seu livro "O Universo em um átomo", ele conta que as áreas específicas da ciência que mais tem explorado ao longo dos anos são a física subatômica, a cosmologia e a biologia, inclusive a neurociência e a psicologia.

As tradições sânscritas
Encontramos os ensinamentos de Buda nas tradições pali e sânscrita. As escrituras sânscritas aparecem na China no século III e no Tibet no século VII. As linhagens da Tailândia e Birmânia são as veiculadas em pali, e as da China, Japão, Mongólia e Tibet são em sânscrito.
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No cerne dos ensinamentos budistas estão as 4 nobres verdades e os oito versos que transformam a mente.
As quatro nobres verdades são:
1. A vida é sofrimento.
2. O sofrimento nasce do desejo, há uma causa.
3. E possível controlar o desejo, eliminando a causa.
4. E possível eliminar o sofrimento.
Todos os seres têm um sentido mental, e naturalmente expressam um sentimento de ‘eu'. Este é um sentimento natural humano e animal. Os homens possuem cérebros sofisticados e, diferentemente do animal, eles têm capacidade de discernir o que sentem. Esta é a maior potência dos seres humanos, já que há 3000 anos os homens começaram a debruçar nessa noção de ‘eu', cuja manifestação no ser humano começa a se projetar para as coisas, objetos. Esta é a diferenciação do ‘eu', de corpo e mente, ou seja, este é meu corpo, este é meu caderno. Nos ensinamentos de Buda este apego traz o sofrimento. O ‘eu' se diferencia do corpo projetando-se para o material.
Segundo o Dalai Lama, em nossa vida tendemos a nos relacionar com o mundo e conosco mesmo como se essas entidades possuíssem uma realidade autocontida, definível, isto é, individualmente distinta e duradoura. Tendemos a acreditar na presença de um núcleo essencial da nossa existência, que caracteriza nossa individualidade e identidade, independentemente de elementos físicos e mentais que formam nossa existência. Aí residem os apegos, fixação e preconceitos.
A teoria da vacuidade revela que todas as coisas e eventos, sejam conceitos materiais, mentais ou mesmo abstratos, como por exemplo o tempo, são destituídos de existência objetiva, intrínseca. Isso quer dizer que tudo tem capacidade de interagir e exercer influência sobre os outros fenômenos. A ignorância é uma das causas de estados mentais aflitivos. A compreensão da vacuidade significa a eliminação da ignorância. Temos em nossa vida experiências dolorosas e prazerosas que podem ser em nível sensorial e mental. As experiências mentais são as mais dominantes e potentes. Com base em nossos pensamentos sensoriais aparece uma variedade de prazeres e dores, e na eliminação das dores procuramos meios de nos recompor em nível físico ou em processos mentais. Porém, através de meios físicos não asseguramos eliminar as experiências físicas, ao passo que o inverso é possível.
A compreensão da existência da causalidade é importante para sabermos que todas as coisas resultam de suas condições. E temos potencialidade de mudar. Certas formas de mudança são claras aos nossos olhos, como por exemplo: é evidente como algumas pessoas estão mudando. Buda nos ensina formas de mudar esta impermanência em um nível mais sutil, ou seja, todas as coisas estão em função de suas respectivas causas, e se as causas forem sendo mudadas, pode haver mudanças de minuto a minuto. Na lei da causalidade, as causas existem em nível material e em nível de alma. Assim como uma rosa produz sementes, ela também veio de uma semente, mas especificamente de uma semente de rosa. Este aspecto de natureza causal tem similaridade com o resultado, o efeito. A causa da flor e a sua semente, e a causa da semente consiste em rastrear a causalidade ate o infinito.


A impermanência é um dado constante
Sabedoria e método são os ensinamentos dos oito versos que transformam a mente. E de que maneira? Para cada aflição há um tipo de meditação. Estados mentais desordenados podem entrar em disciplina. A efetiva transformação se dá na mente que entende a sua própria natureza. Quando a mente está maculada por estados mentais negativos, somente estados mentais positivos são os que advêm de eliminarmos estas aflições.
Para a aflição ligada à dúvida é necessário cultivar a sabedoria capaz de compreender a realidade. A nossa percepção de realidade muitas vezes nos revela nosso estado de ignorância. E a ignorância entende-se como ausência de sabedoria ou simples distorção da realidade. Devemos saber que a realidade não está contida nela mesma, não é intrínseca, mas uma relação de causalidade, vacuidade. Libertar-nos da ignorância significa não nos apegarmos a realidade aparente. Embora a realidade apareça verdadeira aos nossos olhos, ela é isenta de natureza intrínseca. Em termos de significado de realidade última todas as coisas não são somente as mentes, mas um mero reflexo de nossa mente e essa realidade é a ausência de uma realidade verdadeira.
Para cada aflição há um antídoto para apreendermos a realidade. Um deles e o estado de atenção plena, que é fundamental no budismo. Quando ficamos livres de estados mentais negativos, isso nos conduz ao estado mental de paz e a uma sensação de serenidade.
A meditação sobre o amor para realidades múltiplas
Todos os seres humanos têm o direito de alcançar a felicidade. O papel principal da espiritualidade é eliminar o sofrimento da dor que vem do plano mental. Há duas formas de se tratar a questão: através da espiritualidade e de uma ética leiga, secular, que não tem nada a ver com espiritualidade. A diferença que podemos perceber entre ética leiga e espiritualidade é que a ética, dependendo de sua interpretação cultural pode ser negativa. O caminho espiritual é o de sentimentos e atitudes, quais sejam na manifestação do amor e da compaixão em nossa vida, valores que os budistas chamam de buticos. Uma criança que não recebe o amor de sua mãe biológica pode recebê-lo de uma mãe adotiva, e isso será fundamental para seu desenvolvimento como ser humano para o resto de sua vida.
Em um mundo de diversidades religiosas, o importante e encontrarmos um ser humano compassivo e bondoso. O Dalai Lama ensina que todas as religiões devem ser respeitadas, pois cada uma delas responde a diferentes anseios de seres humanos que são, em sua natureza, diferentes entre si. Manifestar o amor e a compaixão é um comportamento independente da espiritualidade, e a que o Dalai se refere quando fala de ética leiga. Igualmente ele prega o respeito a todos os caminhos religiosos, não devendo jamais algum ser considerado inferior. Dentro do budismo não é através dos escritos que encontramos a verdade, mas dentro de cada um de nós. Devemos utilizar o máximo de nossa razão e inteligência para não seguirmos interpretações.
Também é através da inteligência e da forca do hábito que cultivamos a compaixão. E a compaixão tem pouco valor se permanece apenas uma idéia. Ela deve tornar-se uma atitude em relação aos outros. E o mero conceito de humildade não diminui nossa arrogância; a humildade deve tornar-se nosso verdadeiro estado de ser. Do mesmo modo que músicos treinam suas mãos, atletas seus reflexos e técnicas; lingüistas, seus ouvidos; eruditos, suas percepções; devemos treinar nossas mentes e corações.
A força do budismo que Dalai Lama ensina não é sectária. Ele diz que cada um deve ser o protetor de si mesmo. Dalai fala de compaixão, amor, felicidade, paz, e da transcendência como potencial humano, mas esta pratica não se limita a nós mesmos.
Ele faz uma referência ao nosso planeta: "Nossa outra responsabilidade é desfazer a grave degradação ambiental que é resultado do comportamento humano incorreto. A humanidade deve ter iniciativa de reparar e proteger o mundo. A humanidade são indivíduos".

Ensinamentos extraídos por ocasião da visita de Sua Santidade "Dalai Lama" ao Brasil em 2006.


Paz Amor e Harmonia
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com

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