Ogan é o nome
genérico
para diversas
funções
masculinas
dentro de uma
casa de
Candomblé.
É o sacerdote escolhido pelo orixá para estar lúcido durante
todos os trabalhos.
Ele não entra em transe, mas mesmo assim não deixa de
ter a intuição espiritual.
Os atabaques do candomblé só podem ser tocados pelo
Alagbê (nação Ketu), Xicarangoma (nações Angola e Congo)
e Runtó (nação Jeje) que é o responsável pelo Rum
(o atabaque maior), e pelos ogans nos atabaques
menores sob o seu comando, é o Alagbê que começa
o toque e é através do seu desempenho no Rum que
o Orixá vai executar sua coreografia, de caça,
de guerra, sempre acompanhando o floreio do Rum.
O Rum é que comanda o Rumpi e o Lê.
Os atabaques são chamados de Ilú na nação Ketu,
e Ngoma na nação Angola, mas todas as nações
adotaram esses nomes Rum, Rumpi e Le para os
atabaques, apesar de ser denominação Jeje.
Candomblé Jeje
Os cargos de Ogan na nação Jeje são assim classificados:
Pejigan que é o primeiro Ogan da casa Jeje. O mais
velho de todos os ogans geralmente mais sábio.
Tem a função de cuidar do Peji, altar dos
santos e zelar pelo assentamentos dos filhos da casa.
O segundo é o Runtó que é o tocador do
atabaque Run, porque na verdade os atabaques Run,
Runpi e Lé são Jeje.
Axogun - É um ogan de suma importância no Candomblé,
é o responsável pela execução sacrificial dos animais
votivos, é um especialista no que faz.
Candomblé Ketu
Alagbê - O chefe dos tocadores de atabaques, os
instrumentos de percussão, dominante do atabaque
Rum, que através dele o Orixá fará sua dança e com
isso comandando os atabaques Rumpi e Lê.
Ogan gibonã - Zelador da casa de exu, outro ogan
de suma importância, pois seus conhecimento ajudam
na firmeza da casa.
Ogan Apontado - Pessoa apontada como possível
candidato a Ogan. Equivalente ao Ogan suspenso.
Ogan Suspenso - Pessoa escolhida por um Orixá
para ser um Ogan, é chamado suspenso, por ter
passado pela cerimônia onde é colocado em uma
cadeira e suspenso pelos Ogans da casa,
significando que futuramente será confirmado
e passará por todas obrigação para ser um Ogan.
Há também outros Ogans como Gaipé, Runsó, Gaitó,
Arrow, Arrontodé.
[editar] Candomblé Bantu
* Tata NGanga Lumbido - Ogã, guardião das
chaves da casa.
* Kambondos - Ogãs.
* Kambondos Kisaba ou Tata Kisaba - Ogã responsável
pelas folhas.
* Tata Kivanda ou Tata Pocó - Ogã responsável
pelos sacrifícios animais (mesmo que axogun).
* Tata Muloji - Ogã preparador dos encantamentos
com as folhas sagradas e cabaças.
* Tata Mavambu - Ogã ou filho de santo que cuida
da casa de exú (de preferência um homem; as
mulheres não devem exercer essa função, uma
vez que mestruam, só o podendo fazer após a
menopausa).
* Xicarangoma - O chefe dos tocadores de atabaques,
os instrumentos de percussão.
Responsabilidade de um Ogã
É responsabilidade do ogã, não só no dia da jira como
em qualquer dia de trabalho, olhar pelos demais médiuns,
bem como pela integridade e pelo bom funcionamento do
terreiro. O ogã, especialmente, tem a responsabilidade
de se comportar como um médium exemplar e de
orientar os demais médiuns a seguir um comportamento
apropriado. O ogã é responsável pela jira e pelo
transcorrer do trabalho espiritual da casa. O preparo
de um ogã abrange a consciência do trabalho que
desempenham e de sua responsabilidade, a
consciência da energia que está envolvida no
trabalho—é isso que faz um ogã.
É tradicional que o ogã seja sempre do sexo masculino.
Essa tradição é fundamentada no fato de que sua
função exige uma estabilidade emocional que
é dificultada pela sensibilidade mediúnica e pelos
ciclos hormonais característicos do sexo feminino.
O ogã aprende e participa de diversas funções na
casa, inclusive as que incluem manipulações energéticas
ligadas à proteção contra trabalhos de magia.
Nessas situações, um médium do sexo feminino
estaria mais propenso a ser afetado emocionalmente
do que um médium do sexo masculino, devido à
diferença de sensibilidade mediúnica entre os
sexos. Assegurar-se que todos os ogãs são
do sexo masculino é, assim, uma forma de
proteger os médiuns do sexo feminino
(as quais são mais aptas que os médiuns
do sexo masculino para outras funções
dentro da casa, de igual importância).
O ogã anuncia a linha e “puxa” a vibração das
entidades na jira, pois o mentor espiritual dos
ogãs é o responsável por criar as condições
adequadas que atraem as linhas que irão
se comunicar. Assim, vê-se a importância dos
ogãs saberem os pontos e o que cada ponto
significa, a energia que cada ponto traz.
A vibração espiritual associada com o
médium que está girando está completamente
associada com a vibração do canto e da
voz dos ogãs. De todos os médiuns, principalmente
os ogãs têm a função de concentrar e canalizar
as energias durante o trabalho espiritual. O ogã,
assim, precisa aprender não só a cantar com o voz,
mas, também, com a alma, com o coração.
Como o pai-no-santo precisa, muitas vezes,
estar incorporado durante a jira, os ogãs não
devem contar com ele para saber que linha
e que pontos devem cantar. Com o passar
do tempo, o ogã conquista uma grande sintonia
com os médiuns e com os guias de cada médium,
por estar diretamente conectado com os espíritos
e as linhas de trabalho que estão encarregados
a trabalhar em cada médium. Por isso,
a preparação mediúnica antes dos trabalhos
é particularmente importante para o bom
desempenho de suas funções. Devido a
essa conecção, os demais médiuns respondem,
na ausência do pai-no-santo durante a
jira, à forma de trabalho determinada pelos ogãs.
Com a incorporação da entidade, é natural
que os ogãs saibam intuitivamente, e pela
experiência e observação, o tipo entidade
(caboclo, exu, preto-velho etc) e a linha
(o orixá) para a qual ela trabalha.
Essa sintonia entre os ogãs e as entidades,
quando apurada, dá força às entidades,
aos médiuns e ao trabalho, de forma geral.
Ogã na Umbanda
E quase igual no candomblé, a diferença e que
na Umbanda á palavra Ogã e utilizada para referir
o tocador de Atabaque, mais com as funções do candomblé.
Axé a todos Irmãos de Fé
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
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